CUT celebra 41 anos e reafirma trajetória de luta em defesa da classe trabalhadora e democracia do país

Presidente da Central Única dos Trabalhadores, Sérgio Nobre, homenageia militância pela ação coletiva e solidária que norteia a entidade desde sua fundação

Foto: Adonis Guerra

A CUT (Central Única dos Trabalhadores) celebrou nesta quarta-feira, 28, 41 anos de fundação sob marcas de luta, resistência e solidariedade. Os Metalúrgicos do ABC celebraram a data junto às demais categorias na Quadra dos Bancários, no centro histórico da capital paulista, sob o tema Direitos, Democracia e Sustentabilidade, para reafirmar esta trajetória decisiva à organização e defesa da classe trabalhadora e da democracia no país.

“Este é um dia muito especial, dia de rememorar lutas e conquistas do passado, e as recentes também, mas os desafios do futuro ainda são gigantescos e aumentaram na esteira do pós-golpe de 2016 e da pós-pandemia”, afirmou o presidente da CUT Nacional, Sérgio Nobre, em nota pelo aniversário da entidade.

Foto: Adonis Guerra

“Conseguimos a mais importante vitória em 2022, quando derrotamos o fascismo, mas estamos diante de um mundo do trabalho em permanente transformação, que exige mudanças no nosso modelo sindical. Hoje, metade da classe trabalhadora brasileira não tem direitos sociais, muito menos direitos trabalhistas”.

Segundo Sérgio, o grande desafio é mudar isso. “É adequar o nosso modelo sindical a essa nova realidade, ampliar e construir caminhos para organizar e defender os interesses de toda a classe trabalhadora, não só a formalizada, mas também a que está à margem da legislação, sem carteira assinada, em empregos precários, explorada por plataformas de aplicativos, sem direito à representação e à negociação coletiva”.

Militância

O dirigente sindical também homenageou a militância, que faz a ação coletiva e solidária que norteia a Central desde sua fundação. “Cada protesto, greve, eleição, mobilização, ação solidária, cada bandeira empunhada nas ruas, no local de trabalho, nas redes sociais, cada reunião para organizar a luta, seja olho no olho ou por videoconferência, como foi na pandemia, conta um pouco da nossa grande história de luta”.

“Nossa militância e todos os nossos dirigentes e entidades de classe foram e são atores protagonistas de momentos decisivos da classe trabalhadora e do Brasil. Não foi por acaso, mas pela nossa luta, que um ex-operário saiu do chão de fábrica para um sindicato e deste sindicato para a Presidência da República por três vezes para se tornar um estadista reconhecido mundialmente e o melhor presidente da história do país”.

Começo

O presidente do Sindicato, Moisés Selerges, lembrou que a cidade de São Bernardo tem um papel importante nessa história. “Foi aqui, em 28 de agosto de 1983, no galpão da extinta companhia cinematográfica Vera Cruz, que 5.059 delegados e delegadas de 912 entidades sindicais de todo o Brasil aclamaram a fundação da Central Única dos Trabalhadores que, já no seu nascimento, representava 12 milhões de trabalhadores da cidade e do campo”.

“O papel da CUT é organizar, representar os trabalhadores e trabalhadoras e, principalmente, lutar pela democracia e uma sociedade mais justa e fraterna. A CUT é extremamente importante e necessária para o país e ao povo brasileiro. Vida longa à CUT!”