Tratamentos e tratamentos
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Todos nós fazemos tratamento: gastrite, ginecológico, ortopédico, urológico, mas todos temos experiências diferentes. Há quem passe com o médico de bairro, às vezes UPA, faz um tratamento simples, barato, demorado, mas resolve. Há quem está no terceiro médico, particular, porque os dos convênios (seu e do cônjuge), não acertam. Ou o problema, muitas vezes, volta.
Relacionamento médico-paciente é um tipo muito especial de relacionamento humano. O paciente transfere o problema de saúde dele para o médico, esperando que este lhe traga os passos e os meios para a cura. E como em todo relacionamento, a comunicação é essencial.
Não estou falando só da piada do velhinho que não sabia como funcionava o supositório e que ficou com medo do médico mandar ele colocar o remédio naquele lugar. Muitas vezes é preciso explicar melhor o que se sente, ser claro e objetivo. Não há uma semana que eu não faça uma pergunta com respostas sim ou não, e o paciente me diz de novo, tudo o que havia falado, mas que não tinha ficado claro.
E há o outro problema mais grave ainda: no mundo atual que os médicos não perguntam mais nada além da queixa, não perguntam sobre antecedentes, doenças de infância, etc, o tempo de consulta é mínimo, servindo só para pedir o exame, justificar o ato médico para o convênio e, daqui a um mês (ou mais) ele decide o que fazer.
Quanto mais se precarizam os atendimentos do convênio, com prazos para retorno cada vez maiores, dificuldade para marcar exames, fisioterapia dia sim, dia não, você gasta seu tempo (e seu dinheiro) e arrasta o tratamento, que podia ser mais simples, menos sofrido, com mais tempo para você descansar ou ficar com quem você ama.
Só fazer ressonância não resolve. Fisioterapia só quando tem vaga não resolve. Se o médico não lhe dá atenção, troque. Lute pela sua saúde!
Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente