A convite do TST, diretor do Sindicato palestra sobre modelos de acordo e negociação coletiva

Acordo de cinco anos firmado com a Volks foi o ponto central apresentado a juízes recém empossados

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O acordo negociado na Volks, com validade de cinco anos, foi o ponto de partida da palestra que o diretor administrativo do Sindicato, Wellington Messias Damasceno, proferiu no último dia 27, em Brasília. Na plateia da Enamatra (Escola Nacional Associativa dos Magistrados da Justiça do Trabalho), órgão de docência da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho), estavam mais de 100 juízes recém empossados.

O convite para a exposição do tema partiu do próprio TST (Tribunal Superior do Trabalho) interessado no modelo bem-sucedido de organização no local de trabalho e nas práticas de negociação conduzidas pelos Metalúrgicos do ABC. “É muito valoroso que a maior instância jurídica trabalhista do país nos convide para falar sobre o modelo de organização que praticamos há anos” ressaltou Wellington.

O dirigente lembrou que os juízes que acabaram de tomar posse logo irão se deparar com os casos mencionados na apresentação. “Eles irão lidar com as mais diversas situações, são magistrados que atuarão no Brasil inteiro. A ideia dos ministros foi justamente chamar o Sindicato para que pudéssemos apresentar casos com os quais eles vão lidar na vara trabalhista”.

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Sobre o modelo de acordo negociado com a montadora, Wellington destacou que ainda não se trata de uma realidade em outras partes do Brasil. “Estamos falando de um acordo com vigência de cinco anos, que regulamenta questões econômicas, sociais e inclusive de investimento, o que ainda não é uma realidade no Brasil, mas serve como exemplo a ser seguido. É o Sindicato discutindo para além do que está na lei, contribuindo na definição de como e onde serão feitos os investimentos”.

Modelo de organização

Para além do acordo com a Volks, Wellington também destacou o modelo de organização sindical dos Metalúrgicos do ABC. “Há anos praticamos esse modelo de representação no local de trabalho, com o CSE e negociação coletiva. Trata-se de um processo praticamente diário que envolve conquistas e melhorias para os trabalhadores, tanto do ponto de vista social, quanto econômico”. 

“Nosso modelo é reconhecido, temos uma cultura de negociação, não só com as empresas, que envolvem qualquer fábrica, seja com 50 ou com 8 mil trabalhadores, mas também com governos, sempre tentando criar a maior possibilidade de proteção do trabalhador”, completou.