Horse investe R$ 200 milhões na nacionalização de fundição de cabeçotes

A Horse, divisão de produção de motores a combustão do Grupo Renault em parceria com a Geely e a Aramco, anunciou investimento de R$ 200 milhões para fazer a fundição de cabeçotes de motores de alumínio em sua unidade de São José dos Pinhais, PR, que faz parte do Complexo Ayrton Senna. Serão produzidos localmente os componentes dos motores turbo flex HR10 e HR13, os antigos SCe 1.0 e 1.3 da Renault que equipam modelos como Kardian e Duster.

Os HR10 são produzidos na fábrica paranaense desde janeiro e os HR13 entram em linha em novembro, após investimento de R$ 100 milhões para substituir a importação da Espanha. “A nova linha terá capacidade para produzir 210 mil cabeçotes de alumínio por ano”, disse Wesley Palma, diretor de operações da Horse do Brasil, que acrescentou que sessenta postos de trabalho serão criados, somados aos 725 atuais.

A tecnologia aplicada na produção é inédita dentro da companhia, que mantém produção de motores, injeção e usinagem de peças no Brasil, Argentina, Colômbia, Espanha e Turquia. Será feita a fundição por gravidade, um processo de alta eficiência. Os motores turbo produzidos no Paraná têm um cabeçote em formato delta para reduzir massa e espaço, baixar o centro de gravidade e melhorar a gestão térmica. Os coletores de escape são fundidos diretamente no cabeçote, a fim de obter resposta mais rápida do turbo e melhor torque em baixas rotações.

Para Palma o investimento comprova o compromisso da Horse com o Brasil, mercado em que enxerga enorme potencial nos próximos anos, especialmente com relação à tecnologia híbrida flex. Ele faz segredo, mas a companhia tem desenvolvido o sistema em parceria com a Renault, de quem é fornecedora exclusiva de motores por 10 anos.

Da AutoData