Nossos principais biomas estão em chamas. A terra pede socorro
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Em 1972 ocorreu em Estocolmo capital da Suécia, a primeira grande Conferência Internacional sobre meio ambiente promovida pela ONU (Organização das Nações Unidas). Como resultado dos esforços dessa Conferência, foi publicado em 1987 o relatório Brundtland, que alertava para os riscos do aquecimento global causados pelo efeito estufa. O apelo a um modelo de desenvolvimento sustentável a partir de uma nova postura dos países aparece pela primeira vez em um documento oficial da ONU.
Desde então, várias conferências e relatórios foram produzidos pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) a partir de dados coletados em todo o mundo. Não obstante a esses esforços multilaterais, em 2020, já tínhamos elevado a temperatura em 1,2º Celsius, muito próxima do limite máximo de 1,5º estabelecido pelos cientistas para 2030.
Desde agosto estamos vivendo um cenário de queimadas em diversas regiões do Brasil numa escala que ameaça o futuro dos nossos biomas, especialmente o Pantanal e a Amazônia, fundamentais para combater o efeito estufa em todo planeta. Só o Pantanal, maior área úmida continental do mundo, teve 15% de sua área devastada. Já as queimadas no estado de São Paulo levadas pelo vento, somadas à poluição natural, transformaram a capital paulista no lugar com a pior qualidade do ar em todo o mundo nos primeiros dias deste mês.
Não podemos nos acomodar frente às causas e interesses que levam o Brasil ficar em chamas. Temos que ter consciência da magnitude das consequências sociais, econômicas e ambientais advindas dessa tragédia ambiental. Precisamos decidir em que mundo queremos viver, se demorarmos muito para decidir, talvez não precisaremos mais fazê-lo, porque não haverá mundo habitável para os humanos no planeta Terra.
Departamento de Formação