Reajuste Salarial dos Metalúrgicos do ABC deve injetar R$ 300 milhões em 12 meses na economia da região

Negociações da Campanha Salarial fazem a economia girar com benefícios para trabalhadores, comércio e indústria

Foto: Adonis Guerra/SMABC

As negociações feitas pelos representantes da FEM-CUT/SP (Federação Estadual dos Metalúrgicos) com as bancadas patronais durante a Campanha Salarial 2024 resultaram em acordos com o potencial de injetar cerca de R$ 635 milhões em 12 meses na economia do estado. Já na região do ABC, o valor a ser injetado gira em torno de R$ 300 milhões no mesmo período. 

Em todo o estado de São Paulo, mais de 175 mil trabalhadores foram beneficiados com a reposição da inflação – acumulada em 3,71% – mais 1,2% de aumento real nos salários. O reajuste está sendo pago nos vencimentos deste mês.

A Campanha Salarial 2024 da FEM-CUT/SP garantiu resultados superiores à média de 72 negociações de metalúrgicos no Brasil, que tiveram 0,9% de aumento real nos salários. Os dados foram levantados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).

Convenções Coletivas

Além da conquista econômica, os metalúrgicos e metalúrgicas da base da FEM-CUT/SP também conquistaram a renovação das CCTs (Convenções Coletivas de Trabalho) que asseguram importantes direitos trabalhistas e protegem a categoria.

As cláusulas sociais garantem estabilidade no emprego para os casos de acidente de trabalho, doença ocupacional, doença comum com afastamento previdenciário, para o trabalhador em vias de aposentar e no retorno das férias.

“Esse reajuste é de extrema importância, porque além de valorizar o salário e trazer poder de compra, injeta esse aumento na economia. Isso gera um impacto muito positivo, principalmente na nossa região, porque o trabalhador usa o aumento para consumir num restaurante, num shopping ou para trocar de carro. A valorização do salário do trabalhador é uma das nossas principais bandeiras de luta. Nos últimos anos, com os governos de direita, o trabalhador perdeu muito poder de compra por falta de uma política de valorização do salário, agora estamos retomando isso com o governo Lula”.

Jonas Brito

Coordenador de São Bernardo

Foto: Adonis Guerra/SMABC

“A Campanha Salarial é um momento muito esperado pela categoria. Muitas empresas não têm plano de cargos e salários, então o único aumento que o trabalhador tem no ano é com a Campanha Salarial. Esse aumento real é quando ele vai atrás daquele a mais para ele, daquele ‘plus’, daquela reforminha que precisa fazer na casa dele, ou mesmo de um eletrodoméstico que quer trocar, ou de um carro, porque sabe que esse aumento é vezes 12. Também tem o décimo terceiro que dá um ganho a mais. Essa injeção é muito boa para a nossa região, para o comércio, para a indústria e para o trabalhador”.

Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos

Coordenador da Regional Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra

Foto: Adonis Guerra/SMABC

“Sempre tivemos o entendimento de que o Sindicato, também por meio da Federação, é um grande indutor da economia regional. Nossas negociações sempre injetam muito recurso aqui na região, já que o aumento no salário faz com que beneficia a população consuma mais. Então é fundamental essa construção do acordo coletivo, que beneficie inclusive o outro lado. As bancadas patronais muitas vezes dificultam a negociação que faz com que a massa salarial cresça, mas em contrapartida eles acabam vendendo o produto deles, todo mundo ganha com isso”.

Antonio Claudiano, Da Lua

Coordenador da Regional Diadema