Stellantis acaba com o home office de seus funcionários, após reformulação na alta gestão da empresa

A Stellantis, gigante automotiva responsável por marcas como Fiat, Jeep, RAM, Peugeot e Citroen, está exigindo o retorno dos funcionários ao escritório após ter implementado uma política de trabalho remoto que agora está sendo revista. A decisão vem na esteira de um alerta de lucros, o que levou a uma reformulação na alta gestão da empresa. Anteriormente, os funcionários trabalhavam remotamente em cerca de 70% do tempo, mas a nova política exige que estejam presentes no escritório três dias por semana, em média.

Segundo o diretor de recursos humanos, Xavier Chereau, essa mudança visa adaptar-se às novas necessidades e projetos mais críticos que exigem maior atenção presencial. O movimento para trazer os empregados de volta ao escritório começou no início de 2023, com um aumento significativo do retorno de engenheiros a seus postos em junho.

Nos Estados Unidos, o CEO Carlos Tavares tem discutido com a governadora de Michigan, Gretchen Whitmer, a permanência da sede norte-americana na cidade de Auburn Hills, nos arredores de Detroit. Tavares havia defendido o trabalho remoto após os confinamentos da Covid-19, vendendo ativos imobiliários para cortar custos, mas agora enfrenta críticas de sindicatos que acusam a empresa de encorajar os funcionários a trabalharem o máximo possível de casa.

O retorno ao escritório ocorre em um momento em que investidores e analistas questionam as decisões estratégicas de Tavares após problemas com vendas, qualidade e atrasos no lançamento de novos modelos, que resultaram em um importante alerta de lucro. Em resposta, a Stellantis demitiu executivos-chave, incluindo o diretor financeiro, e Tavares prometeu mudanças, especialmente no mercado norte-americano.

Do Notícias Automotivas