Marcas chinesas correm contra o tempo e aumentam as exportações de carros para União Europeia
O relógio começou a contar o tempo restante para que as montadoras chinesas coloquem o máximo de carros no mercado europeu, já que a sobretaxa de 48% passará a valer no final de outubro no velho continente. Só em setembro, mais de 60 mil carros elétricos desembarcaram em portos da União Europeia, sendo esse o segundo maior embarque mensal de veículos desde que se iniciou a onda de automóveis chineses nos 27 países do bloco.
Medida semelhante já foi executada no Brasil, quando BYD e GWM desembarcaram inúmeros carros elétricos e híbridos, ocupando vários terminais portuários pelo país em antecipação do aumento do imposto de importação. Em outubro de 2023, segundo a Bloomberg, a União Europeia recebeu 67.455 carros chineses, mas no mês passado, foram 60.517, número que pode ser superado em outubro, com grandes remessas para as montadoras chinesas garantirem preços competitivos nos próximos meses.
Diferente daqui, onde até o momento a palavra do governo sobrepôs interesses individuais de alguns fabricantes instalados aqui, a China ainda negocia com a União Europeia um caminho alternativo para evitar uma sobretaxa fatal. Por vezes a China fala em retaliação, por outras, fabricantes europeus, muitos deles com fábricas na China, defendem a não imposição de sobretaxa para a entrada de carros chineses no continente.
Bruxelas parece inflexível e no meio disso, marcas como BYD, MG, NIO, Volvo, entre outras, enviam carros o quanto podem antes da nova tarifa ser aplicada, porém, ainda existe uma esperança de que uma guerra comercial aberta entre Europa e China, acabe num acordo. No velho continente, mesmo com fábricas em planejamento, construção ou operação, fabricantes chineses que importam carros, não estão livres da sobretaxa. No Brasil existem créditos e cotas para compensar os investimentos, mas na Europa não.
Do Notícias Automotivas