Em menos de um ano Mover registra mais autopeças habilitadas do que o Rota 2030 em cinco anos
Até o momento, com menos de um ano de operação, 118 companhias estão habilitadas ao Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação, das quais 93 são fabricantes de autopeças, de acordo com levantamento da Becomex. Supera o volume do programa anterior, o Rota 2030, quando em torno de sessenta a setenta fornecedores se habilitaram nos cinco anos de duração, que somou em torno de noventa integrantes.
Para Denys Cabral, sócio da Becomex e diretor de inovação automotiva, é expressivo o número de empresas da cadeia do setor automotivo elegíveis para a iniciativa que busca contribuir com o avanço da inovação e com o índice de nacionalização dos produtos brasileiros. Todas estão de olho em fatia da nova leva de recursos de R$ 3,8 bilhões prometida para 2025, sendo que, para o período de janeiro a março, cujos pedidos serão realizados no início de dezembro, deverá caber cifra aproximada de R$ 950 milhões, calcula o consultor.
Esta maior presença, segundo Cabral, se justifica por duas principais razões: a exigência de investimento menor em P&D em termos porcentuais da receita da empresa, e a possibilidade de incluir projetos para instalar linha de produção usada de outro país para, assim, elevar o índice de nacionalização. Para este primeiro ano, por exemplo, é contrapartida para tornar-se elegível ao Mover o investimento de 0,3% do faturamento em P&D.
Para as montadoras é 1%. Para efeito de comparação no primeiro ano do Rota 2030, em 2018, a exigência era igual para ambas as categorias, de 0,5%. O universo das habilitadas abrange, além das onze montadoras de automóveis e comerciais leves e 93 empresas produtoras de autopeças, oito fabricantes de caminhões, quatro de máquinas e equipamentos e duas fornecedoras de serviços de pesquisa e desenvolvimento – caso da Ford, que não fabrica mais no Brasil, mas que exporta P&D para outras unidades.
Da AutoData