Fiat sai na frente na ‘eletrificação popular’
Marca italiana inicia, no fim de semana, a venda de versões híbridas leves de Pulse e Fastback com preços entre R$ 125,9 mil e R$ 161,9 mil
Mais de três décadas depois do surgimento do carro popular, o brasileiro vai começar a testar a “eletrificação popular”. A Fiat inicia, neste fim de semana, a venda de seus dois primeiros híbridos produzidos no Brasil. Serão carros do tipo híbrido leve, uma tecnologia que oferece menor consumo e emissões do que o motor a combustão, mas um nível de eletrificação abaixo do híbrido convencional e do 100% elétrico.
Mais do que simples lançamentos de carros, a iniciativa representa um marco, sob vários ângulos. De um lado, abre caminho para a eletrificação no Brasil. Num formato mais simples e barato e, segundo a aposta da Fiat, mais adequado ao padrão médio brasileiro. Ao mesmo tempo, é o contra-ataque das montadoras veteranas à entrada das marcas chinesas no mercado brasileiro.
A preços entre R$ 125,9 mil e R$ 161,9 mil, os primeiros híbridos da Fiat entram no lugar de versões intermediárias dos modelos Pulse e Fastback, produzidas, até aqui, só a combustão. Foi a forma que a marca encontrou para o consumidor entrar na linha eletrificada naturalmente, tendo acesso à nova tecnologia numa faixa de preços semelhante à que já existia.
O chamado híbrido leve consome menos combustível do que um similar que usa só motor a combustão. Mas está numa faixa de eletrificação abaixo do híbrido convencional, no qual o motor elétrico consegue tracionar as rodas sozinho. Trata-se da forma mais barata de eletrificar um automóvel. Produzidos em Betim (MG), os novos Fiat têm preços próximos à faixa dos 100% elétricos mais baratos das chinesas BYD (entre R$ 115,8 mil e R$ 184,8 mil da linha Dolphin) e da GWM, cuja versão mais simples do seu carro elétrico, o Ora, custa R$ 150 mil.
Do Valor Econômico