Solidariedade à luta dos trabalhadores e IG Metall pela negociação coletiva na Alemanha
Pelo menos 300 mil companheiros já pararam suas atividades em mais de 1.200 mobilizações em todo o país
A direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC se solidariza ao IG Metall, trabalhadores e trabalhadoras nas indústrias metalúrgica e elétrica da Alemanha que se manifestam desde terça-feira, 5, com greves de advertência pela negociação coletiva. Pelo menos 300 mil companheiros pararam suas atividades em mais de 1.200 mobilizações em todo o país até o momento.
O IG Metall reivindica aumentos salariais de 7% ante 3,6% em um período de 27 meses oferecidos pelas associações de empregadores. As empresas questionam que as exigências são ‘irrealistas’. Participaram da mobilização companheiros na Alstom, ASML, Bosch, BMW, Daimler Truck, Deutz, Diehl, Elbe Flugzeugwerke, GE Power, Gildemeister, Heidelberger Druck, Infineon, MAN, Mahle, Mercedes-Benz, Miele, Musashi, Neff, Porsche, Rolls Royce, Siemens Energie, TK Elevadores, Vitesco e ZF.
“Os trabalhadores e a economia precisam urgentemente de mais poder de compra”, apontou Nadine Boguslawski, responsável pela negociação coletiva da IG Metall. “Para combater a escassez de trabalhadores qualificados e aos formandos, precisamos de um reforço de mais 170 euros de remuneração. O sinal de alerta dos grevistas aos empregadores é claro: queremos movimentação nas mesas de negociações tal como realizamos em frente aos portões das fábricas. Sacrificar salários não garante empregos”.
O secretário de Relações Internacionais da CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT), Maicon Michel Vasconcelos, lembrou que, ano após ano, a concentração de renda aumenta no mundo. “Temos grupos transnacionais cada vez mais poderosos e os trabalhadores perdendo o seu poder de compra. Quem produz a riqueza é a classe trabalhadora e a reivindicação do IG Metall não é absurda, mas o mínimo do que essas empresas lucram”.