Imposto de importação maior ainda não afeta vendas de eletrificados chineses
Após o segundo aumento da alíquota do Imposto de Importação sobre elétricos e híbridos em meados do ano, o movimento de entrada de veículos importados da China desacelerou vertiginosamente no segundo semestre. Essa freada nos embarques, entretanto, não alterou a participação das marcas chinesas que mais vendem importados no mercado interno — as demais têm ainda números residuais.
Pátios de portos, entrepostos e concessionárias lotados com os lotes trazidos especialmente no segundo trimestre pela BYD, a maioria, e GWM permitem ainda que esses modelos sejam oferecidos sem reajustes ou com aumento proporcionalmente marginais para a faixa de preço que disputam. Segundo a Anfavea, até o fim de outubro algo próximo de 72 mil automóveis chineses importados ainda estava à espera de compradores.
A quase totalidade importada antes de 1º julho, quando começaram a vigorar as novas tarifas. Desde então, o imposto de importação para elétricos, que era de 10% desde janeiro, está em 18%, enquanto para os híbridos fechados chegou a 25% e para híbridos plug-in a 20%. Sem quase alterar preços e seguir investindo pesado em campanhas publicitárias e ações de marketing, BYD e GWM não só sustentaram o fluxo de negócios como aumentaram as vendas no segundo semestre, até superando a média de evolução do mercado interno de automóveis.
Ao longo dos seis primeiros meses do ano, as duas marcas negociaram juntas 42,3 mil unidades, média mensal de 7 mil licenciamentos. Já de julho a outubro, os emplacamentos conjuntos alcançaram 39,8 mil, portanto quase 10 mil por mês ou crescimento de 43%. O ranking de híbridos é bem mais equilibrado. A BYD tem participação acumulada de 24,5%, com 21,1 mil licenciamentos, seguida novamente pela GWM, que negociou 18,2 mil veículos, 21,1% do segmento. A Toyota, até outubro única montadora com produção local de híbridos, respondeu por 20% dos negócios: 17,2 mil unidades.
Do AutoIndústria