Sem acordo com trabalhadores, Volkswagen deve enfrentar greves na Alemanha
Empresa passa pela pior crise de sua história e pode fechar várias fábricas
A Volkswagen admitiu que se prepara para enfrentar greves em várias de suas fábricas na Alemanha a partir de dezembro. As paralisações devem acontecer devido à maior crise da história da montadora, que precisa fazer cortes de custos significativos caso queira evitar o pior. Além de realizar milhares de demissões, a VW cogita, inclusive, fechar fábricas em seu país natal.
Enquanto isso, a fabricante mantém conversas com os representantes dos trabalhadores. Embora o sindicato dos metalúrgicos local tenha pedido que a VW tomasse “medidas drásticas”, as negociações foram temporariamente encerradas sem um consenso entre as partes. Novas conversas vão acontecer no dia 9 de dezembro.
Centenas de funcionários se uniram contra a proposta da Volkswagen à medida que a empresa sinalizou com uma redução salarial substancial para 120 mil dos 300 mil funcionários da montadora na Alemanha. A proposta da empresa é a de realizar um corte de 10% nos pagamentos, sob a alegação de que é necessário reduzir custos e aumentar a margem de lucro. A ideia é defender sua participação de mercado contra o avanço das marcas chinesas e enfrentar a queda na demanda por carros na Europa.
Ao menos por ora, ninguém pode acusar os funcionários de falta de boa vontade. Na última quarta-feira, 20, o sindicato dos trabalhadores propôs o adiamento do pagamento dos bônus por dois anos e a criação de um fundo para financiar uma redução temporária nas horas de trabalho em áreas menos produtivas da companhia. A Volkswagen agradeceu pela disposição de seus empregados em colaborar com a situação. No entanto, a montadora frisou que qualquer acordo salarial precisa oferecer “alívio financeiro sustentável” para a empresa.
Do Automotive Business