GWM projeta crescer até 15% em 2025
A GWM está em plena transição. A partir do fim do primeiro semestre de 2025 a empresa, com origem na China, inicia a produção em Iracemápolis, SP, o que deverá reforçar sua presença no País e fomentar seu crescimento esperado de 10% a 15%, segundo Diego Fernandes, seu COO. O processo de contratações segue acelerado: para este ano a meta é selecionar cem colaboradores e chegar a setecentos funcionários antes do início da produção.
Segundo Fernandes o processo produtivo não será exatamente CKD mas o que chamou de “peças sobre peças”, com itens nacionais, dentre eles pneus, rodas, vidros, bancos e alguns componentes elétricos. O inédito sistema híbrido flex que equipará os carros está sendo desenvolvido localmente pela Bosch, mas não estreia junto com a fábrica. O processo de pintura será 100% nacional. Em contrapartida existirão fornecedores chineses caso o componente não tenha similar nacional: “Nosso foco é a localização”.
Em dezembro a GWM deverá se reunir com o Sindipeças para levar aos fabricantes de autopeças mais informações do seu projeto nacional e buscar reforços. Até 2026 a montadora tem a ousada meta de atingir 60% de índice de nacionalização, importante para inserir a marca nos planos de exportação para a América Latina. A antecipação da alíquota de importação para 35% e uma possível retomada dos 35% sobre peças CKD, pleiteados pela Anfavea, preocupam a GWM: “Como investir se não temos previsibilidade? Qualquer mudança gera insegurança no investidor”.
O line-up inicial de Iracemápolis já está decidido. A mudança para a linha Haval, após planos iniciais de começar com a picape Poer, se deu pela boa aceitação dos modelos no mercado brasileiro e também pelos benefícios do programa Mover. Considerando que os SUVs atualmente importados devem fechar o ano com 24 mil unidades emplacadas a expectativa é de que a fábrica comece com capacidade de 20 mil unidades por ano, podendo chegar a 50 mil em três anos.
Da AutoData