Carro 1.0 perderá prioridade com novo ‘Imposto Verde’, que substituirá IPI

Imposto Verde vai priorizar aspectos como potência, nível de segurança e tipo de combustível, deixando a cilindrada de lado

Com a substituição do IPI pelo Imposto Verde – que tem como objetivo incentivar a fabricação e compra de veículos com emissões de CO2 abaixo dos limites estabelecidos pelo governo – no Programa Mover, os carros com motor 1.0 perderão prioridade em termos de taxação para oferecerem os melhores preços.

De acordo com artigo do consultor da Bright Consulting, Cassio Pagliarini, o conceito de cilindrada não será mais representativo. Desse modo, as montadoras poderão usar os motores que melhor se aplicarão à sua oferta, independentemente de ser 1.0 ou não. Outros conceitos deverão ser considerados nos cálculos para a taxação, como potência, tipo de combustível e equipamentos de segurança, por exemplo.

“A Lei 14.902 de Programa Mover agrupou vários critérios à discussão: eficiência energética, potência, reciclabilidade, combustível, tipos de propulsão e tecnologias utilizados, desempenho estrutural e equipamentos de auxílio à condução. A nova legislação também traz também o conceito de mensuração do poço à roda – uma primazia do mercado brasileiro – que capitaliza as vantagens dos biocombustíveis” afirma Pagliarini.

Assim, quem se beneficiará com as alíquotas reduzidas do novo Imposto Verde serão os modelos híbridos e elétricos. Isso significa que esse tipo de veículo, ainda caro para os padrões brasileiros, pode se tornar mais acessível ao bolso do consumidor. Esses incentivos para a compra e produção de carros com baixas emissões visa estimular a indústria a investir em tecnologias mais limpas. Além disso, oferecer opções aos consumidores a escolherem opções mais sustentáveis.

Do Jornal do Carro