Audi ainda não conseguiu um acordo para demitir 3.000 em Bruxelas; oferta da montadora por tempo de serviço chega a R$ 1,2 milhão
A Audi ainda não chegou a um acordo para demissão dos cerca de 3.000 empregados da fábrica de Bruxelas, na Bélgica, onde a montadora faz somente o Audi Q8 e-tron. Como se sabe, a montadora de carros de luxo de Ingolstadt se vê em uma crise como a Volkswagen. Sem ter obtido uma oferta considerável de terceiros pela planta belga, a Audi não tem outra opção a não ser fechar a enorme fábrica e demitir 3.000 pessoas, que estão lá há bastante tempo.
Como a marca das quatro argolas não tem um plano B, terá de encerrar a produção do Q8 e-tron em fevereiro e, a partir daí, desligar máquinas e equipamentos da linha de montagem. No setor automotivo, fechar uma fábrica como a de Bruxelas soa como um pecado, mas a culpa é da própria montadora, com suas decisões erradas que levarão 3 mil pessoas para o olho da rua. Nesse caso, para oferecer além de uma rescisão de trabalho, a Audi criou uma rescisão por tempo de trabalho, adicional à primeira, de modo a indenizar aqueles que já estavam com a empresa há tantos anos.
Para se ter uma ideia de valores, um funcionário da Audi em Bruxelas com 17 anos de serviço, dependendo do cargo e salário, receberá de € 125.000 a € 190.000, o que seria em reais de R$ 786,2 mil a R$ 1,2 milhão. A montadora comentou: “A Audi gasta mais que o dobro do que a lei exige com verbas rescisórias”. Independente do valor, muitos estão insatisfeitos com a perda de trabalho, ainda mais num país onde os custos são bem elevados, apesar dos bons salários.
Não se sabe se essa nova oferta será aceita pela maioria, mas é certamente um dos últimos esforços da Audi para fechar as portas e sair da capital da União Europeia com algum orgulho, ainda mais com uma planta com décadas de operação.
Do Notícias Automotivas