Carros elétricos podem ter preços iguais aos de combustão até 2026
Descubra como a queda nos preços das baterias está aproximando os elétricos dos veículos a combustão
A expectativa de que os carros elétricos tenham preços similares aos dos carros com motores a combustão está mais próxima da realidade do que muitos imaginam. Esse avanço deve-se, principalmente, à significativa queda nos custos das baterias, que representam uma parte considerável do preço total dos veículos elétricos. Segundo um estudo recente da BloombergNEF, o preço médio das baterias de íons de lítio caiu 20% no último ano, atingindo 115 dólares por kWh (R$ 690).
Essa redução é a maior registrada desde 2017 e pode abrir caminho para que modelos elétricos se tornem mais acessíveis nos próximos anos. Embora o preço médio global tenha diminuído, há variações significativas dependendo da região. Na China, onde os fabricantes controlam grande parte da cadeia produtiva de veículos elétricos e baterias, o custo médio já está em 94 dólares por kWh (R$ 570), abaixo da marca psicológica dos 100 dólares.
Esse valor é considerado crucial para alcançar a paridade de preços entre os carros elétricos e os movidos a combustão. Por outro lado, na Europa, os preços das baterias são cerca de 48% mais altos, atingindo uma média de 139 dólares por kWh (R$ 840). Nos Estados Unidos, a diferença também é significativa, com custos 31% superiores, chegando a 123 dólares por kWh (R$ 740). As previsões indicam que o preço médio global das baterias deve cair abaixo de 100 dólares por kWh (R$ 605) até 2026.
Além disso, espera-se que o custo chegue a 69 dólares por kWh (R$ 410) até o final da década, reforçando a competitividade dos veículos elétricos em relação aos modelos a gasolina/flex. Entretanto, o caminho para essa redução não é isento de desafios. Fatores geopolíticos e macroeconômicos podem interferir no ritmo de queda dos preços. Por outro lado, o excesso de oferta de baterias, a diminuição nos custos de metais e a ampliação das economias de escala têm impulsionado a redução dos custos, mesmo diante de uma demanda estagnada por veículos elétricos em 2024.
Do InsideEVs