Veículos brasileiros perdem participação em mercados vizinhos
Mesmo com recuperação da Argentina, exportações recuaram 1,3% no ano passado
As exportações brasileiras de veículos mais uma vez “andaram de lado” em 2024. Passaram pelos portos rumo a outros países no ano passado 398,5 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, número que representou oscilação negativa de 1,3% sobre os embarques de 2023.
Em dezembro, os fabricantes negociaram no exterior 34 mil unidades, 20% menos do que em novembro, mas 22,1% acima de igual mês de 2023, e faturaram US$ 917 milhões — US$ 10,9 bilhões no ano, mesmo valor do ano anterior. Na prática, a indústria repetiu o fraco desempenho dos últimos seis anos, com exceção da ligeira melhora registrada em 2022, para 481 mil unidades, mas que ainda assim mantiveram os negócios muito aquém dos, por exemplo, 766 mil veículos exportados em 2017 e quase 630 mil em 2018.
A queda de 1,3% em 2024 poderia ser ainda maior não fosse a recuperação das vendas na Argentina, principal destino dos veículos brasileiros, no segundo semestre. Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, credita o resultado, em parte, ao aumento da concorrência de veículos trazidos de fora da América Latina. O Brasil perdeu participação em quase todos seus principais mercados. As exceções foram exatamente a Argentina e o pequeno mercado do Uruguai.
Para a Argentina seguiram 160,2 mil veículos, 48% a mais do que no ano anterior. O país sozinho respondeu por 40% do total exportado pelo Brasil. Em compensação, o México comprou 25% a menos, somente 95,5 mil ante 127,8 mil em 2023. Apesar disso seguiu como segundo maior mercado internacional dos veículos brasileiros, responsável por 24% dos embarques.
Do AutoIndústria