Importadores questionam custo maior para participar do Salão do Automóvel

Além da oferta de um espaço menor, valor é 60% superior ao que está sendo cobrado das montadoras

Nem bem iniciaram as vendas do espaço para o Salão do Automóvel prometido para o último bimestre deste ano e já há polêmica entre importadores e montadoras por conta de tratamento diferenciado para quem não produz localmente. O assunto foi abordado pelo presidente da Kia Brasil, José Luiz Gandini, durante a primeira coletiva do ano da Abeifa, Associação Brasileira dos Importadores e Fabricantes de Veículos.

O empresário disse ter recebido visita da RX, a organizadora do evento, esta semana, justamente para avaliar a participação da marca no evento. “Gostaríamos de participar, mas está difícil. Estão oferecendo espaço menor e preço maior para os importadores”, revelou. Para as montadoras, a oferta é a de um espaço de 500 m² com 120 m² construídos. Para os importadores, de 400 m² e 100 m², respectivamente.

O problema maior, contudo, é o custo, 60% superior para quem não tem fábrica no País segundo informações de Gandini. No caso das chinesas BYD, que é associada da Abeifa, e também da GWM, a cobrança já seria como montadora, visto que ambas promotem iniciar operações no País este ano. Questionada sobre o tema, a Anfavea preferiu não se manifestar.

Já o presidente da Abeifa, Marcelo Godoy, comentou que desconhecia esse tratamento desigual que está sendo proposto para os importadores e se comprometeu a buscar contato com a organizadora do Salão do Automóvel para debater o assunto. O Salão do Automóvel de 2025 será realizado no novo Anhembi, na Zona Norte de São Paulo, entre os dias 22 de novembro e 1º de dezembro.

Do AutoIndústria