Com China na liderança, importação de autopeças bate recorde de US$ 20,9 bilhões
Déficit comercial do setor aumentou 34% em 2024, atingindo US$ 13,1 bilhões
O aumento de 28,5% na compra de autopeças chinesas foi decisivo para a alta de 11,5% nas importações totais de componentes automotivos em 2024, que atingiram recorde de US$ 20,9 bilhões, ante os US$ 19,77 bilhões de 2023. Em sentido oposto, as exportações de autopeças caíram 12,9%, baixando de US% 5,5 bilhões para US$ 7,9 bilhões no mesmo comparativo. Com isso, o déficit comercial do setor aumentou 34% em relação ao de 2023, totalizando US$ 13,1 bilhões.
“Esse resultado é 51% superior ao déficit mediano apurado para o intervalo de 2014 a 2023”, informa o Sindipeças em seu relatório da balança comercial 2024. A entidade atribui a alta das compras lá fora à expansão do mercado doméstico e, principalmente, ao avanço dos veículos elétricos e híbridos, que incorporam elementos mais sofisticados tecnologicamente, sem oferta de produtos locais.
Importante lembrar que a importação de carros chineses cresceu 187%, de 42 mil para 120,3 mil unidades, volume que representou 26% das importações totais de veículos no ano passado. A China lidera como principal mercado de origem das peças adquiridas pela indústria local desde 2018. Foram importados de lá total de US$ 3,87 bilhões, valor 28,5% superior ao registrado em 2023 (US$ 3 bilhões), o que representou participação de 18,5% as compras externas do setor.
O segundo maior parceiro, os Estados Unidos, teve participação de 10,7%, com recuo de 5,6% nas vendas para o Brasil, de US$ 2,37 bilhões para 2,24 bilhões. No que diz respeito às exportações, a entidade destaca desempenho acanhado, com recuo das vendas em mercados importantes para o comércio de peças brasileiras, como Argentina (- 17,7%) e Alemanha (-34,6%), ambas afetadas pela retração do nível de atividade econômica, bem como Colômbia (-28,0%) e Itália (-23,5%).
Do AutoIndústria