Nissan abre programa de demissão voluntária nos EUA
Decisão faz parte de plano global para cortar 9 mil empregos antes de fusão com Honda
A Nissan vai abrir programas de demissões voluntárias e cortar turnos nas três fábricas que mantém nos Estados Unidos. Segundo informações da agência “Reuters”, as medidas fazem parte de um grande plano global para cortar US$ 2,6 bilhões em custos.
A montadora vai disponibilizar um plano de demissão voluntária (PDV) para trabalhadores das fábricas de veículos em Smyrna e Canton, ambas no Mississippi, e da fábrica de motores em Decherd, no Tennessee. Assim, a Nissan vai cortar um dos dois turnos existentes na linha de Smyrna, que faz o SUV Rogue, a partir de abril. O mesmo será realizado na planta de Canton, responsável pela produção do Altima, em setembro deste ano.
Em agosto passado, a montadora reduziu em um terço a produção na fábrica de Kyushu, no Japão. A planta, aliás, é a maior da Nissan em seu país natal. A Nissan não revelou sua expectativa de quantos funcionários vão aderir ao programa de demissão voluntária. De toda maneira, o jornal “Nikkei” estima que a marca pode cortar até 1.500 empregos com a medida. Atualmente, a marca emprega mais de 11.700 pessoas em suas três fábricas nos EUA.
Em novembro, a Nissan anunciou um plano para reduzir 9 mil empregos globalmente e diminuir a capacidade produtiva máxima em todas as 25 fábricas que mantém no mundo. Menos de dois meses após a divulgação deste plano, Nissan e Honda confirmaram a intenção de realizar uma fusão. Caso realmente aconteça, ela resultaria na terceira maior montadora de automóveis do planeta, já que as atuais rivais seriam capazes de produzir 7,4 milhões de veículos.
Do Automotive Business