Argentina: já é possível importar carro 0km sem pagar impostos

Ministro da Economia do país vizinho liberou cota de 50 mil unidades anualmente que não pagarão as tarifas tradicionais

O governo do país vizinho, comandado pelo presidente Javíer Milei, apresentou novas medidas para facilitar o acesso de pessoas físicas e de montadoras a carros importados. Segundo o portal argentino, o governo já vinha conversando com fabricantes há algum tempo e tem como meta reduzir o preço de tabela dos carros novos. As mudanças começaram em fevereiro, quando o ministro da Economia, Luis Caputo, eliminou impostos para veículos com preços entre 41 e 75 milhões de pesos (cerca de R$ 231 mil a R$ 423 mil).

Antes, os veículos dessa faixa de preço eram taxados em 20%. Também houve redução para modelos acima de 75 milhões de pesos (R$ 416 mil), que passaram a pagar 18%. A medida foi assinada há cerca de um mês. Aqui vale colocar que a Argentina chama de “impostos internos” uma série de tarifas para veículos de alto valor. Elas foram apelidadas por lá como “imposto do luxo”. No entanto, as medidas também incluíram mudanças nas tributações de carros eletrificados.

Agora, o secretário de Indústria e Comércio, Esteban Marzorati, acaba de assinar uma nova resolução que será responsável por liberar 50.000 unidades por ano com benefícios fiscais entre as montadoras com fábrica (agrupadas na Adefa), as sem fábricas (representadas pela Cidoa) e usuários particulares. Com cota de 35% de isenção de tarifas, a medida ficará em vigor por cinco anos. As 50.000 unidades de cotas isentas de impostos que serão disponibilizadas a cada ano serão distribuídas da seguinte forma: 25.000 para montadoras com fábricas de automóveis localizadas no país e 25.000 para pessoas físicas ou jurídicas que estejam em conformidade e não pertençam ao grupo anterior.

Em outras palavras, as marcas da Adefa farão parte do primeiro grupo, enquanto os importadores sem fábricas da CIDOA e as pessoas físicas farão parte do segundo grupo. Segundo o governo, isso possibilitará garantir que uma única empresa não monopolize todas as cotas disponíveis e que haja maior oferta para valores FOB (preço em dólares no porto antes de impostos) inferiores ao limite de US$ 16 mil.

Do Motor1