Comissão das Metalúrgicas do ABC reforça luta por respeito e igualdade no ato de 8 de Março
Com o lema "Respeite a Nossa História", a participação das Metalúrgicas tem como objetivo reafirmar conquistas

Amanhã, 8 de março, a Comissão das Metalúrgicas do ABC estará presente no ato do Dia Internacional da Mulher na Avenida Paulista. Com o lema “Respeite a Nossa História”, a participação das Metalúrgicas tem como objetivo reafirmar as conquistas das mulheres e da categoria ao longo dos anos, além de exigir avanços concretos em direitos trabalhistas e sociais. O ato unificado que reunirá diversas organizações sindicais, movimentos sociais e coletivos feminista está previsto para começar às 14h, no vão livre do Masp.
A diretora executiva do Sindicato e coordenadora das comissões, Andréa de Sousa, a Nega, destacou a escolha do lema e sua importância. “Respeite a nossa história no sentido de que já tivemos avanços significativos, importantes para as mulheres enquanto sociedade, mas sempre esbarramos na questão do respeito. Somos mulheres que, a todo momento, temos que nos colocar para lembrar de onde viemos e o porquê estamos aqui”, afirmou.
Respeito à todas

A dirigente também ressaltou que a luta pelo respeito deve permear todas as esferas da sociedade e do ambiente de trabalho. “Nós mulheres trabalhadoras nas fábricas, principalmente no setor metalúrgico, muitas vezes precisamos impor nossa presença para mostrar que estamos ali para trabalhar. Hoje, ocupamos espaços no Sindicato como diretoras porque entendemos a importância de ter mulheres representando a categoria”, ressaltou.
Ainda falando de respeito, Andrea reforçou que ele deve ser direcionado a todos para a construção de uma sociedade mais humana. “É preciso respeitos à trabalhadora que está no pé da máquina, às trabalhadoras que limpam nosso ambiente de trabalho, à trabalhadora mãe de família e a tantas outras. Isso faz parte da construção de uma sociedade mais justa e igualitária. É por isso que nós mulheres sindicalistas vamos às ruas com esse nosso grito, ‘respeite a nossa história’, porque o respeito é a primeira porta de entrada para qualquer militância, para qualquer reivindicação”, reforçou.

Violência e desigualdade
A presença das metalúrgicas no ato também visa chamar atenção para a violência contra a mulher e a desigualdade salarial. “Neste dia 8 de Março, vamos às ruas lutar por nossos direitos, por salários iguais para homens e mulheres, pela redução da jornada sem redução de salário e, principalmente, para dizer basta à violência contra a mulher. Chega de feminicídio, chega de ser tratada como objeto!”, enfatizou a coordenadora da Comissão das Mulheres Metalúrgicas do ABC, Maria Zélia Vieira Viana.
Ainda estamos aqui
O mote da CUT-SP este ano faz referência à resistência de Eunice Paiva contra a ditadura militar, retratada no filme de Walter Salles “Ainda Estou Aqui”, vencedor do Oscar 2025, como Melhor Filme Internacional. “Ainda estamos aqui: Mulheres na Luta por Igualdade de Direitos, Trabalho Decente, Fim da Escala 6×1, Justiça Reprodutiva e Climática, Sem Anistia para Golpistas!”