Importações de autopeças, principalmente da China, seguem em alta

Compras no exterior cresceram 18,2% e exportações apenas 8,1%  

Apesar de em março as exportações de autopeças terem crescido em índice acima das importações no comparativo com fevereiro – 21,8% e 7,3% -, no acumulado do primeiro trimestre o déficit comercial segue em alta de 24,5%. O saldo negativo foi de US$ 3,7 bilhões, ante os US$ 2,9 bilhões do mesmo período de 2024, conforme relatório do Sindipeças publicado em seu site esta semana.

O resultado foi impulsionado pelo forte crescimento das importações, que totalizaram US$ 5,6 bilhões no trimestre, valor 18,2% superior ao dos primeiros três meses do ano passado. As exportações, por sua vez, somaram US$ 2 bilhões, com elevação relativamente menor na comparação anual, de apenas 8,1%.

Por outro lado, relata o Sindipeças, a recuperação econômica da Argentina teve efeito positivo sobre as exportações brasileiras. O país vizinho foi o principal destino das exportações no período, com participação de 38,5% e aumento de 26,6% nas compras em relação ao ano anterior. Com relação aos Estados Unidos, o sindicato que representa a indústria nacional de autopeças informa que o Brasil exportou US$ 309,7 para aquele mercado, alta de 2,6% no trimestre e o equivalente a 15,7% das exportações totais.

“Para o ano, a preocupação com a taxação extra de 25% sobre as importações de veículos e peças imposta pelo governo Trump continua no radar do setor, cujos efeitos no comércio global ainda são incertos. Acompanhar essas medidas revela-se essencial para entender suas implicações na economia brasileira e guiar políticas que minimizem os riscos dos nossos associados”, conclui o relatório do Sindipeças.

Do AutoIndústria