Os resultados do governo atual e o boicote da grande mídia comercial

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Nos dois últimos anos, a inflação estava controlada no patamar de 4,70%, abaixo da média das últimas três décadas, que foi de 6,5%. O índice de desemprego caiu para patamares de 6,6% no semestre encerrado em abril, o menor índice desde de 2012, e pode chegar a 5,9% em dezembro. A informalidade recuou para 37,9%, a menor dos últimos dez anos. A renda das famílias aumentou 10% na média e a dos mais pobres alcançou 19%.

O aumento do PIB de 1,4%, no primeiro trimestre deste ano, foi além das previsões pessimistas do mercado e muito acima da média de 0,1% do G7. As empresas também apresentaram resultados polpudos. Os quatro maiores bancos cresceram em média de 7,3% chegando a quase 30 bilhões de reais de ganhos. A indústria, constantemente vitimada pelo vírus do neoliberalismo, cresceu 3,1% em 2024.

A desigualdade no Brasil, medida pelo índice Gini (indicador que mede a desigualdade em um país), atingiu o menor valor em 2024 desde o início da série histórica da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) em 2012 e a renda per capita dos domicílios chegou ao valor recorde de R$ 2.020.  

Mas, apesar do que foi mencionado acima, se dermos ouvidos ao noticiário da mídia comercial, vamos ter a imagem pessimista do nosso presente e futuro. Dados que são positivos são ressignificados com sinais trocados. O crescimento, o aumento da renda dos trabalhadores e o baixo desemprego são vistos como ameaça à inflação que, segundo o noticiário, está fora de controle, contrariando a realidade dos fatos.

As políticas de combate à desigualdade social são apresentadas como gastos e irresponsabilidade fiscal do governo. Cria-se, assim, um cenário de caos político e econômico, totalmente descolado da realidade, escondendo os reais interesses dos setores que querem transformar o Brasil em um Estado mínimo à proteção social e poderoso aos interesses dos mais ricos.

Departamento de Formação