Sindicato apresenta na Volks curso de ferramentaria reformulado
Debate conjunto para atender às novas demandas do setor envolveu Sindicato, ABIFER, Senai e outras escolas técnicas

No último dia 17, os Metalúrgicos do ABC participaram da apresentação do novo curso de ferramentaria, em parceria com o Senai, reformulado para atender às novas demandas do mercado. Os cursos são voltados à Formação e Capacitação Profissional para ferramentarias de corte, dobra, repuxo e moldes de injeção de plásticos. A principal mudança está na carga horária, que passa para 3.200 horas.
O membro do Conselho da Executiva do Sindicato e representante no Sistema S pelo Senai, José Roberto Nogueira da Silva, o Bigodinho, explicou que o tema vem sendo debatido pela representação dos trabalhadores há uma década.

“Nesses últimos dez anos em que discutimos o resgate do setor de ferramentaria, ficou clara a carência de mão de obra qualificada. Passou-se a formar muitos técnicos em mecânica, mas ferramenteiro, especificamente, quase nenhum. Os cursos de Formação Inicial e Continuada não davam conta de suprir essa demanda. O setor acabou ficando esquecido”, afirmou.
Segundo o dirigente, a partir desse debate surgiu o entendimento de que os fornecedores precisam estar mais próximos das empresas, e que é essencial investir no desenvolvimento de produtos dentro da própria cadeia produtiva. “Se alguém pensar, alguém precisa projetar, alguém precisa fundir, alguém precisa usinar, montar, fazer o tryout (ajuste final) para ter o produto pronto. Essa é uma demanda muito técnica dentro do setor de ferramentaria”.
Bigodinho destacou ainda que houve um esforço conjunto com a ABINFER (Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais), o Senai e escolas técnicas para reestruturar o curso. “Com insistência, conseguimos essa reformulação. Agora temos um curso com musculatura, que permite aos alunos se formarem como ferramenteiros e já saírem empregados praticamente. As empresas estão demandando, os jovens aprendizes estão aprendendo e garantindo seu lugar no mercado. Quanto mais conhecimento, melhor o poder aquisitivo”.