BYD festeja avançar por Brasil e Europa, mas diz que ‘não é fácil’ contra gigantes globais
Em evento semelhante a um programa de auditório, em Xian, na China, a BYD festejou na segunda-feira (30) a produção de um milhão de unidades do Dolphin Mini, com a presença de seus principais executivos –e tendo como atração a entrada em vídeo de sua vice-presidente, Stella Li, do Brasil. A fábrica da montadora chinesa em Camaçari, na Bahia, será aberta nesta terça (1º).
Como é comum na primeira fase de um processo produtivo, os automóveis irão para o Brasil praticamente prontos, no regime conhecido por SKD, sigla em inglês para semidesmontado. Sobre alcançar um milhão de unidades, completadas nesta segunda, na fábrica de Xian, a maior da BYD, Li sublinhou que o resultado veio “em apenas 17 meses”, estabelecendo “um recorde na história automotiva global”.
Segundo ela, “é parte da missão [da montadora] ajudar a resfriar o planeta em 1ºC”, o que cada comprador do modelo estaria ajudando a alcançar. Agradeceu em especial a “nossos 120 mil engenheiros, que tornaram a jornada global possível”. Em entrevista coletiva concedida antes de viajar ao Brasil, em Shenzhen, sede da BYD, Li havia afirmado que o objetivo para a Europa é que o primeiro carro, chamado no mercado de Dolphin Surf, saia da linha de produção até o final ano.
Quanto às pressões da União Europeia, comentou que “o princípio da BYD é sempre produzir localmente, sempre produzir naquele mercado”. Descreveu a montadora como tendo “paciência de longo prazo, não toma decisões baseadas em curto prazo, como razões geopolíticas ou tarifas”. Acrescentou: “Se for sustentável, então nós esperamos” o mercado amadurecer, ressaltando ser uma empresa privada.
Da Folha de São Paulo