Impacto histórico: Nissan afunda e força Renault a amargar prejuízo bilionário de mais de R$ 60 bilhões
A situação financeira da Nissan, que já dava sinais de colapso, foi quantificada com precisão: US$ 11 bilhões. Esse é o valor que a Renault decidiu reconhecer como perda em sua participação na montadora japonesa, após anos de queda nas vendas e incertezas crescentes. Embora impactante, esse montante era essencialmente contábil, pois refletia investimentos anteriores da Renault na Nissan.
Ao registrar esse prejuízo, a francesa admite que esse capital investido se tornou irrecuperável, e passará a avaliar sua fatia na aliada japonesa com base apenas no valor de mercado das ações. A notícia teve reações opostas nas bolsas: enquanto as ações da Renault subiram levemente, as da Nissan caíram. Atualmente, a Renault detém 37,5% de participação na Nissan, um vínculo que agora parece mais pesado do que estratégico.
Nos Estados Unidos, principal mercado da Nissan, a situação é ainda mais crítica. O vice-presidente de vendas, Vinay Shahani, classificou os resultados do segundo trimestre como “uma catástrofe absoluta” em comunicado a representantes de concessionárias. Os números confirmam o pessimismo: as vendas totais da empresa caíram 6,5% em comparação ao mesmo período de 2024. A marca Nissan registrou queda de 6,1%, enquanto a Infiniti despencou 12,7%, aprofundando ainda mais a crise.
No acumulado do ano, a Nissan conseguiu se manter próxima da estabilidade graças às vendas mais aquecidas no primeiro trimestre, antes de mudanças tarifárias. Já a Infiniti segue em queda, com retração de 9% no ano até agora. Com o cenário se agravando, o novo CEO da Nissan, Ivan Espinosa, iniciou uma ofensiva agressiva para tentar reverter a maré. Batizado de “Re:Nissan”, o plano prevê cortes de 11 mil postos de trabalho e o fechamento de sete das 17 fábricas atuais até 2027.
Do Notícias Automotivas