Metalúrgicos do ABC participam de 17ª Plenária Estatutária da CUT- SP e reafirmam compromisso com a classe trabalhadora
Entre os temas discutidos estiveram o avanço das privatizações no estado, reforma tributária, inteligência artificial, saúde do trabalhador e defesa da democracia e da soberania nacional

Os Metalúrgicos do ABC integraram nos dias 18 e 19 deste mês a 17ª Plenária Estatutária da CUT-SP. A atividade, realizada para atualizar as estratégias de luta do próximo período, contou com a participação de lideranças sindicais de todo o estado, tanto presencialmente na sede da CUT, no bairro do Brás, na capital paulista, quanto de forma virtual, por meio de uma plataforma online.
O presidente do Sindicato, Moisés Selerges, destacou o compromisso na defesa dos direitos da classe trabalhadora e na defesa dos empregos. “Essa plenária reafirmou o compromisso da classe trabalhadora com a defesa dos direitos, da democracia e da soberania nacional. Não podemos aceitar passivamente o avanço das privatizações e o desmonte dos serviços públicos em São Paulo. A revolução tecnológica, especialmente a inteligência artificial, também não pode ser usada para precarizar ainda mais as relações de trabalho. Precisamos garantir que os avanços tecnológicos venham acompanhados de proteção social, valorização profissional e políticas públicas eficazes”.
Já o secretário-geral da CUT-SP e CSE na Scania, Daniel Bispo Calazans, reforçou a importância do encontro. “Mais uma vez, ressignificamos uma plenária, um encontro com memória, resistência e luta. A nossa união formou a nossa unidade para gerar o que nós estamos vivendo, uma resistência à extrema direita, e tudo aquilo que é contrário à nossa soberania enquanto povo, enquanto nação. Que possamos sair desse encontro renovados e mais otimistas do que nunca”.
Temas centrais

A plenária da CUT-SP discutiu temas centrais como o negativo avanço das privatizações no estado de São Paulo, a urgência de uma reforma tributária com justiça fiscal, os impactos da inteligência artificial no mundo do trabalho, alternativas de cuidado com a saúde do trabalhador e a defesa da democracia e da soberania nacional. O fortalecimento do Plebiscito Popular também esteve entre os destaques.
Plano de lutas

O encerramento foi reservado à leitura, debate e aprovação das emendas ao plano de lutas da CUT-SP para os próximos meses. As propostas consolidadas serão levadas à Plenária Nacional da CUT, marcada para outubro, contribuindo para a construção coletiva das estratégias da Central em nível nacional.
Objetivos estratégicos
A 17ª Plenária Nacional da CUT-SP teve os seguintes objetivos estratégicos:
• Atualizar a reflexão acerca da conjuntura internacional e nacional e seus impactos para a classe trabalhadora e para a organização sindical;
• Fortalecer o sindicalismo cutista com a valorização da negociação coletiva e atualização da organização sindical;
• Fortalecer o protagonismo da CUT na reconstrução e transformação do Brasil, da democracia, dos direitos e da soberania;
• Fortalecer a intervenção da CUT na reconstrução do desenvolvimento econômico sustentável e combate à desigualdade;
• Realizar alterações estatutárias;
• Elaborar a estratégia e o plano de lutas para o próximo período.