Mobilização cresce nas fábricas e categoria reforça pressão por avanços na Campanha Salarial

Assembleias na AeZ e VMG agitaram a base de Ribeirão Pires para garantir acordo até 1° de setembro. FEM-CUT/SP segue em negociação com grupos patronais.

O Sindicato segue firme nas assembleias de mobilização pela Campanha Salarial 2025 em toda a base. Ontem foi a vez dos trabalhadores e trabalhadoras na AeZ e na VMG, em Ribeirão Pires, participarem de mais uma rodada de diálogo e organização da luta. A FEM-CUT/SP (Federação Estadual dos Metalúrgicos) mantém em dia as negociações com os grupos patronais para garantir um acordo até 1º de setembro, data-base da categoria.

O coordenador da Regional Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos, destacou que este é o momento de união e presença ativa junto ao Sindicato. “As mobilizações começam quando as negociações travam. É nessa hora que mostramos a força da categoria, realizando assembleias e mobilizando a base para deixar claro ao patronal que, se insistirem em enrolar, vamos intensificar a luta. A mobilização já começou. Precisamos da Convenção Coletiva assinada, reposição da inflação com aumento real e mais trabalhadores sindicalizados para somar forças”.

Ele reforçou que o Sindicato é a ferramenta para destravar a pauta quando a mesa emperra. “O trabalhador precisa saber que, se for necessário, será chamado a estar conosco. É a participação de cada um que garante conquistas coletivas”.

Assembleia na AeZ, em Ribeirão Pires

Na pauta
A Campanha Salarial deste ano vai além das pautas econômicas. Entre as reivindicações estão o fim da escala 6×1, que prejudica a saúde e o convívio social; a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, para garantir mais qualidade de vida; e a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais, medida que alivia a carga tributária e fortalece o poder de compra da classe trabalhadora.

Essas propostas estão em votação no Plebiscito Popular, promovido pela CUT, centrais e movimentos sociais em todo o país, e também integram as reivindicações da Federação. “Não podemos esperar mudanças apenas pela vontade dos que estão no Congresso, onde a maioria defende interesses patronais. É a pressão organizada que muda a vida da classe trabalhadora”, alertou Marquinhos.

Assembleia na VMG, em Ribeirão Pires

A FEM-CUT/SP representa cerca de 190 mil metalúrgicos e metalúrgicas no estado, incluindo os 52 mil da base do ABC. Outros 21 mil estão nas montadoras com acordos específicos.

“O recado está dado: se o patronal enrolar, a luta vai esquentar. É hora de estar junto, fortalecer o Sindicato e garantir que 2025 seja mais um ano de vitórias para a categoria”, concluiu o dirigente.