CUT e centrais discutem medidas com Ministério do Trabalho contra tarifaço

Em live, entidades e governo alinharam estratégias para proteger renda, garantir direitos e enfrentar impactos nas exportações brasileiras

Foto: Adonis Guerra

A CUT e demais centrais sindicais realizaram na quarta-feira, 13, uma live com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, para discutir ações diante do tarifaço de 50% imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, às exportações brasileiras. Para as entidades, a medida é um ataque à soberania e à economia.

O presidente da CUT, Sérgio Nobre, classificou as sanções como “um ataque muito forte à soberania do país” e defendeu reação “com serenidade, mas também com muita firmeza, sem subserviência”. Segundo o Dieese, sem medidas, mais de 700 mil trabalhadores podem perder o emprego e o PIB cair 0,35%. Sérgio propôs que sindicatos e empresas instalem mesas de negociação em até dez dias e apoiou o pacote de R$ 30 bilhões anunciado por Lula, desde que preserve postos de trabalho.

“Tem empresa demitindo para não se comprometer. Também precisamos fortalecer as campanhas salariais do segundo semestre”, alertou. Ele anunciou ainda um ato nacional no dia 7 de setembro, com concentração em São Paulo na Praça da República, a partir das 9h.

Diálogo

Marinho reafirmou que o Ministério estará à disposição para buscar soluções. “É um processo de mobilização permanente. Precisamos defender a democracia, as instituições e a soberania”. A diretora-técnica do Dieese, Adriana Marcolino, apresentou estudo sobre os impactos da taxação e as propostas das centrais com defesa da produção nacional, proteção do emprego e renda, fortalecimento da negociação coletiva, institucionalização do diálogo social, transição ecológica justa e nova estratégia comercial externa.

As centrais lançaram ainda um site para o compartilhamento de informações sobre as dificuldades enfrentadas pelo tarifaço. Acesse: centraissindicais.org.br/emprego.