Oficinas mecânicas têm dificuldades em contratar mão de obra
Levantamento mostra que mudanças geracionais e tecnológicas dificultam qualificação de profissionais na reparação automotiva
Você já deve ter lido ou ouvido que falta engenheiro no mercado, assim como caminhoneiro no transporte. Outro profissional vital na cadeia automotiva também começa a ser raro. Um levantamento aponta que ⅓ das oficinas mecânicas tem dificuldades em contratar mão de obra qualificada. A pesquisa foi feita em âmbito nacional pela Oficina Brasil, empresa que monitora o setor de reparação e reposição automotiva.
O estudo revela que uma em cada três oficinas mecânicas relataram obstáculos e dificuldades em encontrar mão de obra. Segundo a Oficina Brasil, a transformação do setor de aftermarket em termos de digitalização e eletrificação, além de um novo perfil de profissionais, se apresentam como causas principais para essa carência de mão de obra qualificada nas oficinas mecânicas.
“A profissão do reparador está passando por um momento decisivo. Ao mesmo tempo em que vemos um profissional mais digital, mais qualificado e atento à gestão do negócio, ainda enfrentamos a dificuldade de formar e reter talentos”, diz André Simões, diretor executivo da Oficina Brasil. “A qualificação contínua é fundamental para que esse novo perfil acompanhe a velocidade das transformações tecnológicas do setor”, completa.
O setor de reposição automotiva movimenta R$ 60,2 bilhões ao ano apenas em peças técnicas e lubrificantes, com mais de 74,6 mil oficinas ativas e cerca de 300 mil profissionais. A pesquisa também traçou um perfil atual do reparador brasileiro: 68% ocupam cargos de proprietário ou chefe de oficina e a idade média é de 42 anos. A participação feminina no setor cresceu 230% desde 2019. O número de profissionais mulheres passou de 5% para 16,5%.
Do Automotive Business