México propõe aumento de tarifas sobre importações com foco nos produtos chineses
O governo mexicano apresentou uma proposta para aumentar as tarifas sobre produtos de diversos países e proteger setores estratégicos de sua indústria, com taxas de até 50% e o foco em produtos chineses. O Ministério da Economia divulgou o projeto de lei apresentado ao Congresso na quarta-feira, que visa países com os quais o México não possui acordos comerciais e surge em meio à pressão comercial dos Estados Unidos.
A China reagiu rapidamente na quinta-feira (11), chamando a proposta de “coerção”. Segundo a proposta, veículos leves teriam uma tarifa de 50%, em comparação com a faixa atual de 15% a 20%. A China, que o governo diz ser o maior exportador para o México sem um acordo comercial, seria severamente afetada, especialmente no setor automotivo, cujas vendas para o país cresceram quase 10% em 2024.
Segundo dados do setor, as empresas chinesas passaram de praticamente nenhuma exportação de carros há uma década para representar 30% do mercado de veículos leves no ano passado. Além do gigante asiático, o projeto de lei propõe tarifas sobre produtos da Coreia do Sul, Índia, Indonésia, Rússia, Tailândia e Turquia, que também não possuem acordo comercial com o México.
Outros setores afetados seriam o têxtil e o de vestuário, cujas taxas poderiam chegar a 50%, o que poderia afetar as principais marcas chinesas que vendem online. Os impostos sobre o setor siderúrgico aumentarão da faixa atual de 0% a 50% para entre 20% e 50%, de acordo com o projeto de lei. Se a proposta for aprovada pelo Legislativo, terá impacto “em 52 bilhões de dólares (R$ 281 bilhões) em importações” e cobrirá “8,6% do total das importações nacionais”, explicou o Ministério da Economia no documento.
Do MSN