Sindicato debate pautas da classe trabalhadora com ministros em Brasília

O presidente do Sindicato, Moisés Selerges, e o diretor administrativo, Wellington Damasceno, prestigiaram posse de ministros do STJ e dialogaram sobre pautas da classe trabalhadora com os ministros Flávio Dino (STF), Luiz Marinho (Trabalho) e Lelio Bentes (TST)

No último dia 4, em Brasília, o presidente do Sindicato, Moisés Selerges, e o diretor administrativo, Wellington Messias Damasceno, participaram da cerimônia de posse dos novos ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Carlos Pires Brandão e Marluce Caldas, indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além de prestigiarem a solenidade, os dirigentes aproveitaram a agenda para dialogar com autoridades dos poderes Executivo e Judiciário sobre temas centrais para a classe trabalhadora. Entre os encontros, estiveram com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Flávio Dino; o ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Lelio Bentes; e o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.

Moisés destacou a importância da presença do Sindicato nesses espaços. “Nós temos essa relação com o Judiciário para apresentar nossas pautas, nossas preocupações e o olhar da classe trabalhadora sobre diversos temas. Esse diálogo precisa acontecer não apenas na Justiça do Trabalho, mas também em tribunais como o STJ, o STF e os Tribunais Regionais Federais. O Sindicato deve estar constantemente dialogando com a Justiça, até mesmo porque a nossa pauta é justa”.

Para Wellington, a ação sindical deve ir além das fábricas. “O diálogo entre os Sindicatos, o Judiciário e o Executivo é essencial para fortalecer a rede de proteção social dos trabalhadores. A luta contra a precarização e em defesa da classe trabalhadora precisa estar presente nas portas de fábrica, nas ruas, mas também nos tribunais”.

“Temos buscado posicionar o Sindicato em contato permanente não só com o governo federal, mas também com as instituições que tratam diretamente do trabalho e dos interesses da classe trabalhadora”, acrescentou.

Proteção social sob ataque

Wellington alertou que a Justiça do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho e os sindicatos vêm sofrendo ataques constantes. “São ataques aos direitos, às competências e até a decisões já consolidadas. É um movimento que visa enfraquecer a proteção ao trabalhador, precarizar, reduzir custos para o patronal, retirando direitos e rebaixando salários”.

Qualificação profissional

Com o ministro Luiz Marinho, a pauta foi a qualificação profissional. Wellington lembrou que o governo federal mantém o programa Escola do Trabalhador 4.0, que oferece cursos gratuitos e online em tecnologia da informação e comunicação.

“É preciso refletir sobre qual é a qualificação necessária para essa transição tecnológica e como realizá-la de forma justa, garantindo empregos e a manutenção do parque fabril diante do tarifaço”, afirmou.

Pejotização e transição justa

Já no encontro com o ministro Flávio Dino, o tema central foi o impacto da pejotização e a valorização da negociação coletiva.

Com o ministro do TST, Lelio Bentes, os Metalúrgicos do ABC reforçaram a preocupação com a transição justa no mundo do trabalho, especialmente diante da pauta de descarbonização e da exclusão de trabalhadores de setores impactados por esse processo.