BYD Dolphin Mini quebra nicho e já ameaça hatches flex no Brasil
Com 3.300 emplacamentos em agosto, elétrico urbano invade terreno dos hatches de marcas tradicionais
O BYD Dolphin Mini realizou um feito que vai além dos números: quebrou a barreira que separava os carros elétricos como produto de nicho e os catapultou para o mainstream do mercado brasileiro. Dados da Fenabrave de agosto mostram que, com 3.300 emplacamentos, o compacto chinês já se aproxima em volume de modelos que são a espinha dorsal de montadoras tradicionais.
O volume de 3.300 unidades em um único mês é significativo porque coloca o Dolphin Mini em um patamar entre os hatches compactos que já não pode ser ignorado pelas montadoras tradicionais. O carro elétrico da BYD fez mais de 50% do volume de um Chevrolet Onix – um dos hatches mais tradicionais do mercado – como também vendeu mais que o dobro de modelos consagrados e relevantes de outras marcas grandes, como o Honda City Hatchback, o Peugeot 208 e o Citroën C3.
Mais importante que superar um ou outro, seu volume prova que ele já é um concorrente direto, disputando o mesmo cliente que, até pouco tempo atrás, só pensava em carros a combustão. Ele já possui volume suficiente para figurar entre os 20 modelos mais vendidos do paÃs (em agosto foi o 21º), um feito inédito para um veÃculo 100% elétrico.
O sucesso do Dolphin Mini é a principal alavanca para a hegemonia da BYD no mercado de carros elétricos, que também apresentou bons números com os modelos Dolphin e Yuan Pro. Em agosto, a marca chinesa emplacou 5.649 veÃculos 100% elétricos, o que lhe garantiu uma participação de 74,4% de todo o segmento BEV (carros elétricos a bateria) no paÃs. Em agosto, a BYD foi a 7ª marca mais vendida do Brasil, com 9.815 unidades emplacadas e 4,58% de participação de mercado. E isso sem oferecer nenhum carro a exclusivamente a combustão, apenas veÃculos eletrificados.
Do InsideEVs