Taxa de desocupação no Brasil fecha julho no menor nível da história
Metalúrgicos do ABC ressaltam a importância do período de geração de empregos impulsionado pelas políticas do governo Lula

A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,6% no trimestre encerrado em julho, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 16, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Trata-se do percentual mais baixo desde o início da série histórica da Pnad Contínua, em 2012. É também o menor índice em mais de 13 anos, consolidando um período de recuperação do mercado de trabalho e de expansão da renda dos trabalhadores.
Para o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Claudionor Vieira, os números marcam uma virada no país e precisam ser reconhecidos como fruto de políticas voltadas à geração de empregos e à valorização do trabalho.
“Em 2021, o Brasil tinha em torno de 14 milhões de pessoas desempregadas. Era uma taxa de 14% ou mais, com milhares de pessoas desalentadas. É importante reconhecer o Brasil que nós vivíamos até 2022 e o país que passamos a viver a partir de 2023, com a geração de emprego. Hoje chegamos ao menor nível de desemprego da história, e isso é algo a ser comemorado pelo povo brasileiro”, afirmou.
Emprego e dignidade

O dirigente lembra que o emprego não representa apenas renda, mas condições reais de melhoria de vida. “Quando as pessoas conseguem acesso ao trabalho, passam a viver com mais dignidade. Melhoram socialmente, conseguem uma alimentação melhor, pagar um curso de formação, investir na família. Além disso, o emprego gera consumo, movimenta o mercado e aquece a economia. É um crescimento em cadeia que beneficia o conjunto da classe trabalhadora”, disse.
O dirigente destacou ainda que essa realidade é resultado direto das políticas implementadas pelo governo do presidente Lula.
“Isso está acontecendo por conta das políticas do governo federal, que retomou a valorização do salário mínimo, criou programas de incentivo à indústria e voltou a investir no desenvolvimento nacional. É um governo que olha para todas as camadas sociais, mas com atenção especial aos que mais precisam”, ressaltou.
Taxa de Juros
Apesar do cenário positivo, Claudionor pondera que ainda há desafios importantes, como a taxa de juros elevada, que dificulta a possibilidade de investimentos. “Mesmo com juros altos, que precisam cair, ainda assim estamos tendo crescimento econômico e geração de emprego. Isso mostra a responsabilidade do governo com o povo brasileiro, em especial com a valorização do salário mínimo, que ficou quatro anos sem reajuste real”, apontou.
Fim da fila do osso
Claudionor lembrou ainda o drama vivido por milhares de famílias brasileiras no governo anterior, em meio à crise econômica e ao desemprego recorde.
“Hoje a fila do osso não existe mais, porque as pessoas têm emprego e renda. Antes, muitas famílias dependiam apenas de programas sociais, como o Bolsa Família. Agora, milhares de pessoas já abriram mão do benefício porque conseguiram emprego. Isso significa uma mudança concreta na vida do povo”, avaliou.
De acordo dados do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, desde 2023 até julho de 2025, aproximadamente 8,6 milhões de famílias deixaram o Bolsa Família.
Um país em construção
O secretário-geral do Sindicato reforçou ainda que o atual momento deve ser entendido como um passo importante na construção de um país mais justo, democrático e soberano.
“Não podemos esquecer de onde estávamos, onde estamos e onde queremos chegar. O nosso sonho é um país desenvolvido, em que as pessoas tenham moradia digna, emprego de qualidade, acesso à educação, à cultura e ao lazer. E, acima de tudo, que possam viver com trabalho e renda, com dignidade. O Brasil não pode voltar a ser o país da fila do osso. Precisa continuar no caminho da valorização do salário mínimo, da geração de emprego e da distribuição de renda”, concluiu.