Anfavea alerta sobre Imposto Seletivo e risco de alta em automóveis

Entidade alerta para risco de aumento de impostos a partir de 2027, em contradição com o programa Mover

O setor automotivo brasileiro vê com apreensão a implementação do Imposto Seletivo, previsto para entrar em vigor em janeiro de 2027 dentro da Reforma Tributária. O tema foi central no encerramento do ABX25, evento da Automotive Business realizado no São Paulo Expo, e reuniu líderes de grandes fabricantes.

 “Estamos a menos de um ano e meio do início da vigência das novas regras e ainda não temos ideia da carga tributária que incidirá sobre os nossos produtos. Ao fim, podemos ter aumento de carga de impostos para os automóveis, o que não era a proposta original do governo”, alertou Igor Calvet, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Segundo a Anfavea, o Imposto Seletivo deve incidir sobre veículos de todas as motorizações, inclusive híbridos e elétricos, em complemento aos tributos já existentes. O risco, avalia a entidade, é o encarecimento dos automóveis novos, o que poderia afastar consumidores e prolongar o uso de modelos mais antigos, menos seguros e mais poluentes.

O dirigente também cobrou maior agilidade na regulamentação do programa de incentivos. “Temos uma grande lista de normas a serem publicadas. O Mover ainda não é o grande marco, porque ainda não foram concluídas todas as regulamentações. Previsibilidade era e segue sendo a palavra-chave.” Apesar das incertezas, os investimentos anunciados pelas montadoras permanecem em curso. A Anfavea estima que fabricantes e fornecedores somam R$ 190 bilhões em aportes no Brasil para os próximos anos. “

Do InsideEVs