Sindipeças estima crescimento de 3% para o ano que vem
O faturamento do setor de autopeças deverá avançar 3% em 2026, segundo projeções do Sindipeças, que calcula receita de R$ 284,1 bilhões para suas empresas associadas. É uma redução no ritmo esperado para 2025, de alta de 6,5% sobre o ano passado, somando R$ 275,8 bilhões.
O presidente Cláudio Sahad afirmou enxergar pontos que pressionam o setor. Responsável por mais de 60% do faturamento o segmento OEM, de peças para montadoras, deverá sofrer com o esperado menor ritmo de crescimento nas fábricas: o Sindipeças calcula alta de 2,4% na produção de automóveis leves e pesados, abaixo dos 4,2% de avanço projetados para este ano.
Outro sinal amarelo vem de fora: Sahad vê risco nas exportações para a Argentina em 2026, com as polêmicas em que o presidente Javier Milei vem se envolvendo, e as sobretaxas dos Estados Unidos às autopeças para veículos pesados produzidas no Brasil, hoje em 50%. Para as exportações o Sindipeças estima queda de 4,7%, somando US$ 7,9 bilhões, após crescimento de 5,5% esperado para 2025, puxado pela Argentina, para US$ 8,3 bilhões.
As importações, em contrapartida, deverão seguir crescendo: 10% em 2026, para US$ 26,3 bilhões, após a alta de 14% projetada para este ano, US$ 23,9 bilhões. Desempenho que aprofundaria o déficit na balança comercial de autopeças em 17,8% no ano que vem, chegando a US$ 18,4 bilhões. De toda forma a expectativa do Sindipeças é a de que o setor mantenha os investimentos de R$ 6,6 bilhões projetados para 2025 em 2026 e adicione 3,4 mil postos de trabalho, somando 308,9 mil trabalhadores.
Da AutoData