Papel dos sindicatos no enfrentamento da desigualdade social
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A pobreza extrema ou absoluta é quando as pessoas não têm acesso a serviços essenciais para uma vida digna, como alimentação, moradia, educação, saúde, mobilidade, saneamento, acesso à água, entre outras necessidades. A pobreza nesse nível pode ser combatida por meio de políticas públicas ativas, como Bolsa Família, Mais Médicos, Cisternas no Sertão, Luz para Todos etc. Os movimentos sociais e o sindicalismo têm um papel importante em pautar e cobrar dos governos que adotem políticas ativas de erradicação da pobreza absoluta.
Além do combate à pobreza extrema, os sindicatos desempenharam historicamente um papel fundamental no combate à desigualdade social estrutural, fruto da concentração de renda, da concentração da terra, dos baixos salários, da precarização do trabalho, entre outras razões. Essa luta exige uma combinação de fatores e ações mais complexas, porque ela toca, de forma profunda, no conflito distributivo da riqueza gerada pela sociedade, que, no fundo, são os conflitos de classe. Geralmente, os países que lograram êxito no combate à desigualdade social, com melhor distribuição da renda, o fizeram por meio de grandes mobilizações lideradas pelo movimento sindical e por partidos progressistas, que envolveram pautas como política tributária progressiva, gastos em políticas sociais universais (saúde, educação, habitação), valorização dos sindicatos e da negociação coletiva, com impactos sobre a melhoria das condições de trabalho e dos salários.
O sindicalismo brasileiro tem dado a sua contribuição ao longo da história no combate à desigualdade e também, de forma decisiva, no aprofundamento da democracia e na valorização da soberania popular, que são fundamentais para o exercício da cidadania política. A desigualdade social não é um destino imutável. Com organização e luta podemos construir uma sociedade mais justa e inclusiva, alterando as bases estruturais que sustentam a desigualdade em nosso país.
Departamento de Formação