Por que as montadoras buscam motores sem terras raras da China?

Cansadas de depender da geopolítica e de suprimentos instáveis, montadoras nos EUA e na Europa estão correndo atrás de alternativas para os ímãs de terras raras usados em motores elétricos. A China domina a extração e o processamento desses metais, tornando o fornecimento um risco estratégico.

BMW, GM e startups testam motores que não utilizam neodímio, disprósio ou térbio, enquanto pesquisadores tentam criar materiais exóticos e sintéticos, incluindo compostos encontrados em meteoritos. O objetivo é manter a produção, reduzir custos e tornar a tecnologia mais resiliente, mesmo diante de crises globais e tensões geopolíticas, segundo o The New York Times.

As montadoras buscam materiais e tecnologias capazes de substituir os ímãs de terras raras, presentes em diversas peças, como motores de limpadores de para-brisa e mecanismos de ajuste de bancos. Ímãs feitos de neodímio, disprósio e térbio são cruciais para motores de veículos elétricos e híbridos, cada vez mais populares.

A China tem usado seu quase monopólio desses metais como arma diplomática. Este ano, impôs restrições a algumas exportações, em retaliação às tarifas elevadas do governo Trump sobre produtos chineses. A instabilidade no fornecimento deu urgência à busca por motores que funcionem sem terras raras ou por substitutos eficazes.

Do Olhar Digital