Ventos geraram energia para a produção de 1,1 milhão de carros Honda
A energia elétrica gerada pelos ventos que movem as pás eólicas da Honda Energy em Xangri-lá, pequena cidade do Litoral gaúcho, contribuiu para a produção de 1 milhão 130 mil automóveis no Brasil desde que o parque foi criado, em 2014. Ao longo dos 11 primeiros anos completados na quarta-feira, 26, deixaram de ser emitidas 52,2 mil toneladas de CO2, o que seria absorvido por floresta com 2,3 milhões de árvores, como a que foi restaurada pelo fotógrafo Sebastião Salgado e sua esposa Lélia em Aimorés, MG, durante duas décadas.
A eletricidade de origem eólica supre 100% da produção anual de 125 mil carros Honda na fábrica de Itirapina, SP – que este ano, por causa da maior demanda e do lançamento do SUV WR-V, já chegou a 137 mil unidades com horas extras de trabalho. É de lá que saem também os modelos City e HR-V. A geração de Xangri-lá abastece ainda o consumo total da fabricação de peças e motores em Sumaré, SP, que anos atrás montava veículos, e do escritório da empresa em São Paulo.
“O parque eólico tem a capacidade de gerar 94 mil MWh por ano. Atualmente estamos produzindo 86 mil MWh. Considerando que as fábricas e o escritório têm consumido 76 mil MWh, ainda sobram 10 mil MWh, excedente que é comercializado”, afirmou o presidente da Honda Energy, Mauricio Imoto, para quem o volume é suficiente para manter o consumo anual de uma cidade com 34 mil famílias.
Somadas a outras ações nas fábricas paulistas, como a redução do uso do diesel, a troca da matriz energética das empilhadeiras e o uso de gás natural, a Honda conseguiu baixar em 60% as emissões de CO2 em Itirapina e Sumaré. A partir do fornecimento do parque eólico Imoto estimou algo em torno de 50% de economia com energia elétrica. Hoje a única fábrica Honda no Brasil que não é abastecida por energia eólica é o Polo Industrial da Zona Franca de Manaus, AM, de onde saem motocicletas.
Da AutoData