A Billings, perto do fim

A Represa Billings recebe 400 toneladas de lixo e 2 bilhões de litros de esgoto diariamente. Mesmo sendo considerada o maior problema ambiental do Estado, faltam ações concretas para reverter essa situação.

A represa Billings, que
completa 83 anos neste sábado,
continua perdendo
sua capacidade de produção
e, a continuar a falta de ações
concretas para eliminar os
problemas, dentro de alguns
anos estará comprometido
o abastecimento de água de
1,2 milhão de pessoas em
São Paulo, Santo André, São
Bernardo e Diadema.

Nos últimos vinte anos,
a Billings já perdeu 12 dos
seus 120 quilômetros quadrados
de espelho d’água
devido à poluição e às ocupações
irregulares.

A Billings é a maior represa
da Grande São Paulo.
Todo dia ela recebe cerca
de 400 toneladas de lixo
das moradias irregulares e
cerca de 2 bilhões de litros
de esgoto. A represa é considerada
o maior problema
ambiental do Estado.

Desde a década de 70
existe a Lei de Proteção aos
Mananciais, que não conseguiu
evitar sua degradação.

A produção da represa
era de 28 metros cúbicos por
segundo e hoje, com erosão,
ocupação irregular e esgotos,
passou para 12 metros
cúbicos por segundo.

Como se esses problemas
não bastassem, as empreiteiras
que constroem o
Rodoanel estão fazendo barragens
para a construção de
pontes que não estavam previstas
no projeto original.

O Ministério Público
está questionando essas barragens
que avançam sobre a
represa e, segundo a Dersa,
devem ser definitivas, colaborando
no assoreamento
da Billings.

Outro problema é a falta
de informações sobre os
testes de flotação para despoluir
o Rio Pinheiros.

O governo estadual defende
esse tipo de tratamento
para voltar a despejar as
águas do rio na Billings, mas
o ambientalistas não acreditam
no sucesso da flotação.

Esse silêncio pode significar
que o sistema não
conseguiu despoluir as águas
do rio.

Já o projeto da Lei Específica
da Billings está parado
na Assembléia há anos e
agora o governador prometeu
sua aprovação ainda no
neste semestre.

O objetivo do projeto
é preservar o manancial,
mas as entidades ambientais
temem que a lei acabe regularizando
e consolidando as
áreas já construídas.