A Campanha da Legalidade de 1961
Na coluna da semana passada abordamos dois acontecimentos ocorridos em agosto, a morte dos ex-presidentes Getúlio Vargas e Juscelino Kubistchek, relacionados a ações de cunho autoritário e golpista.
Hoje trataremos da Campanha da Legalidade, desencadeada em função da renúncia do presidente Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1964, e da reação das Forças Armadas Brasileiras que se recusaram a garantir a posse do então vice-presidente João Goulart, em visita oficial na República Popular da China.
Como resposta à posição golpista das Forças Armadas, de romper com a ordem jurídica, uma grande mobilização popular foi organizada pelo governador Leonel Brizola. O ato teve apoio do sindicalismo combativo, parlamentares legalistas, artistas, intelectuais e outros segmentos.
O movimento durou 14 dias e conquistou uma vitória significativa. Como forma de evitar um confronto maior, foi negociado um acordo em que se garantia a posse de João Goulart, embora com poderes mais limitados, em função da emenda parlamentarista. Tancredo Neves foi o nome de consenso para ocupar o cargo de primeiro ministro.
A “Campanha da Legalidade”, como ficou conhecido esse importante episódio da história política brasileira, é uma demonstração contundente da força da resistência popular pela defesa da democracia no Brasil.
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