A campanha salarial
A campanha salarial deste ano entrou na sua fase mais aguda, com a proximidade da data-base. Aliás, uma das reivindicações mais importantes dessa vez é justamente a mudança da data-base para 1º de setembro. Outra grande novidade é a unificação da campanha salarial com outras categorias, inclusive de outras centrais sindicais. Isso é muito importante para demonstrar união e força.
Para os próximos meses, os indicadores econômicos nos dão conta da recuperação da produção industrial, o que rechaça os argumentos de sempre da classe patronal, de dificuldades financeiras, para justificar a não concessão de aumento de salários.
Outro ponto fundamental na campanha diz respeito à redução da jornada de trabalho.
Há, nos dias atuais, uma grande conscientização por parte da própria sociedade, de que a redução da jornada de trabalho é um importante mecanismo para combater o desemprego.
É importante ressaltar, no entanto, que a categoria deverá estar atenta e mobilizada para defender suas conquistas sociais históricas, mais especificamente aquelas que constam da nossa Convenção Coletiva de Trabalho.
>> Ameaça aos direitos sociais
As últimas campanhas salariais têm sido marcadas por forte pressão dos empresários para reduzir as cláu-sulas sociais garantidoras de direitos básicos da nossa categoria, principalmente contra aquela que garante estabilidade no emprego aos acidentados no trabalho e portadores de moléstias profissionais.
Não é de hoje que temos alertado que essa importante conquista corre risco de desaparecer, se não estivermos preparados para defendê-la. Basta lembrar que os metalúrgicos da CUT são os únicos que mantiveram intacta a cláusula do acidentado. A nossa resistência nesses últimos anos tem dependido cada vez mais da mobilização dos trabalhadores.
E o empresariado já mostrou, novamente, a disposição em eliminar direitos fundamentais. Vão tentar isso não apenas na campanha salarial, mas também na discussão da reforma trabalhista.
Departamento Jurídico