A capacidade de reagir
A Fundação Seade e o Dieese divulgaram nesta semana o resultado de sua pesquisa sobre emprego e desemprego e as informações referentes à região do ABC não são positivas. A taxa de desemprego total passou de 10,7% para 12,3%.
O setor que mais tem contribuído para a elevação da taxa de desemprego é o da indústria, que teve perdas consecutivas nos últimos cinco meses. Segundo dados do Ministério do Trabalho, desde o início da crise, a região perdeu neste setor 11.553 empregos formais. Como aqui existe grande concentração de indústrias é certo que viria sofrer conseqüências negativas do comportamento deste setor.
Não é a primeira crise que a região enfrenta, tampouco será a última e a capacidade que o ABC tem de reagir frente a grandes problemas é notória. A década passada serve como exemplo.
Ainda há na memória lembranças do tempo em que a saída de indústrias para outras regiões dentro e fora do Estado de São Paulo, não gerava boas perspectivas para a região. A resposta a este problema culminou na criação da Câmara Regional do ABC, um novo modelo de ação coletiva no Brasil.
Nesta crise não será diferente, visto que as mangas já foram arregaçadas. O resultado do seminário ABC do Diálogo e do Desenvolvimento é a prova de que atores regionais estão conscientes do momento crítico pelo qual passa a região e sabem por experiências passadas que toda crise exige unidade e cooperação. Desta forma, pode-se ter certeza de que o ABC, assim como no passado, saberá agora enfrentar seus problemas e sairá desta crise revitalizado.
Subseção Dieese