“A comunicação não pode mais ser monopolizada”, diz Rafael

O presidente do Sindicato, Rafael Marques, afirmou ontem, na abertura do Seminário Sindical Internacional Comunicação, o Desafio do Século, que toda a sociedade deve construir uma agenda política para a democratização da mídia no País. “A comunicação não pode mais ser monopolizada como hoje”, disse.

 “Na contramão desta prática, os Metalúrgicos do ABC buscam informar e contribuir de maneira justa e democrática os trabalhadores da categoria”, frisou Rafael.

Já o presidente da CUT São Paulo, Adi dos Santos Lima, lembrou que o Seminário era uma das atividades que a Central realizou para celebrar o 1º de Maio.

“A festa na próxima quinta, no Vale do Anhangabaú, na capital paulista, será o ponto alto, com várias atrações além de nosso ato político-social unificado”, declarou Adi.

Já confirmaram presença Paula Fernandes, Michel Teló, Leci Brandão, Belo, Péricles, Art Popular, Pixote, Sampa Crew e vários outros artistas.

A abertura do Seminário contou ainda com a participação de Rosane Bertotti, secretária de Comunicação da CUT Nacional; Vicentinho, deputado e líder da bancada do PT na Câmara; Carlos Grana, prefeito de Santo André; João Felício, secretário de Relações Internacionais da CUT Nacional e Tina Hennecken, diretora da Federação Friedrich Ebert.

O que foi discutido nas mesas temáticas do Seminário de Comunicação

Marco Regulatório

Na primeira mesa de discussão, o professor Venício Lima afirmou que o atual marco regulatório das comunicações, aprovado em 1962, é desatualizado e omisso em relação a propriedade privada.

Segundo Franklin Martins, ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, nossa legislação é mais antiquada do mundo e deve ser modernizada.

Ainda neste tema, o argentino Sebastian Rollandi destacou que o marco regulatório aprovado em 2009 na Argentina vai na direção apontada pelos debatedores, pois tem espírito anti monopolista.

 “Hoje, 65% da programação da Argentina é produzidas por cooperativas, o que gerou 100 mil postos de trabalhos”, revelou.

Marco Civil da Internet

O professor da UFABC, Sergio Amadeu, lembrou que o marco civil dá a internet dá liberdade de criação e riqueza ao repertório de informações disponíveis na rede.

Já o deputado Alessandro Molon, do PT-RJ, relator do projeto do Marco Civil, afirmou que a iniciativa garante que a liberdade de expressão chegue a toda a sociedade.

“Foi uma nova maneira de se formular uma lei, de forma colaborativa, colocando em audiência pública com o debate direto da sociedade”, salientou.

Encerrando a mesa, Omar Rincón, da Federação Friedrich Ebert na Colômbia, apontou as cyber manifestações como mecanismos para atualizar a luta sindical e abranger ainda mais a sociedade.

Narrativas independentes, jornalismo e ação

Segundo os debatedores da última mesa do Seminário Internacional promovido pela CUT-SP em coorganização com o Sindicato, um dos maiores desafios para uma comunicação livre e democrática é a sustentabilidade das mídias progressistas e independentes.

Outra dificuldade apontada pelos integrantes da mesa é a criminalização dos comunicadores independentes e as perseguições que sofrem.

Participaram o coordenador da Rede Brasil Atual, Paulo Salvador; a autora do Blog da Maria Frô, Conceição Oliveira; o integrante do Coletivo Fora do Eixo, Felipe Altenfelder; o coordenador da Rede Comunitária Cantareira, José Eduardo de Souza; e teve a mediação da secretária de Formação da CUT-SP, Telma Victor.

Da Redação