A crise de 1929 e a revolução russa

No mês de outubro dois acontecimentos marcaram o século XX e o próprio capitalismo: a Revolução Russa e a Crise de 1929, também conhecida como a Grande Depressão.

A Revolução Russa, ocorrida em 1917, foi a primeira experiência de um estado socialista que durou até 1991. A crise de 1929 foi a maior crise econômica do capitalismo que se prolongou por mais de dez anos e também abalou os pilares do liberalismo econômico e político. 

A consequência da Grande Depressão foi a maior crise social do capitalismo com elevadas taxas de desemprego em todo o mundo. Pela primeira vez os fundamentos da teoria liberal foram colocados em xeque. Ou seja, questionava-se o princípio de que somente o mercado regulando a economia é capaz de promover a eficiência dos negócios e a prosperidade econômica. Por outro lado, o planejamento econômico adotado nos países socialistas para orientar as ações econômicas e sociais do Estado, que era considerada uma heresia pela teoria liberal, começou a ser praticado pelos estados capitalistas como o “New Deal”, implementado pelo presidente Franklin D. Roosevelt nos Estados Unidos entre 1933 e 1937.

A crise de 1929 mergulhou o mundo numa grande polarização política entre esquerda e direita. Políticos de centro e direita se aliaram à extrema direita para evitar a vitória dos socialistas e comunistas como aconteceu na Alemanha com a ascensão de Hitler ao poder, em janeiro de 1933.  Como afirma o historiador Eric Hobsbawm, é impossível entender o “breve século XX” sem esses dois acontecimentos vitais para a humanidade, cujas lições ainda nos ajudam a refletir sobre o nosso tempo presente.

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