A decisão é neste sábado
As dificuldades vão aparecendo na mesa de negociação com as montadoras. Não houve evolução na reunião de ontem e uma nova rodada de negociações foi marcada para amanhã cedo. “Quando parecia que teríamos avanço, eles (negociadores patronais) colocavam obstáculos como no controle de hora-extra ou no teto salarial”, explicou o presidente do Sindicato, José Lopez Feijóo.
Independente de qualquer resultado, é a assembléia de sábado, às 10h, na Sede do Sindicato, que vai decidir os rumos da campanha salarial em todos os grupos.
Se as negociações com as montadoras seguem difíceis, nos outros grupos a situação é pior.
As autopeças (Grupo 5) ficaram naqueles 6% da semana passada e não mostraram mais a cara.
Já com os Grupos 9, 10 e Fundição ainda não houve nenhuma rodada de negociação. Há resistências desses setores na mudança da data-base de setembro, apesar da concordância de inúmeras fábricas que fizeram acordo em separado no ano passado.
“Ao que tudo indica quarta-feira da semana que vem começam a pipocar as greves nestas fábricas por todo o Estado”, previu o presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, Adi dos Santos Lima.
Todos à assembléia
Foi esse também o recado que o Sindicato deu ontem na assembléia de mobilização com os companheiros e companheiras na Conexel, de São Bernardo.
“Estamos reforçando a convocação para sábado devido à importância das decisões dessa assembléia”, comentou o diretor do Sindicato, José Paulo Nogueira.
Na negociação de ontem as montadoras propuseram 8,5% de reajuste limitados a teto salarial de R$ 5,8 mil e mais um abono de R$ 650,00 a ser pago em janeiro.
Salários maiores que o teto teriam parcela fixa de R$ 493,00. A proposta para é piso de R$ 825,00.