A desigualdade social não é um destino imutável
A democracia, ao longo de dois séculos, foi se aprimorando como sistema político mais participativo e igualitário graças à luta incessante da classe trabalhadora em todo o mundo.

Nesse mesmo processo, à medida que avançava a industrialização e a classe operária crescia numericamente, começam a surgir partidos políticos com forte base social trabalhista que terão papel importante nas conquistas democráticas.
No Brasil é comum se difundir a ideia de que a igualdade social é um privilégio dos países ricos, o que é um grande equívoco. Os países, que hoje são ricos e desenvolvidos, já foram pobres e desiguais no passado. O que os fez avançados, em termos sociais e econômicos, foi o processo de mobilização da sociedade. Uma ação-chave desse processo longo de lutas foi a universalização da educação pública e de qualidade para toda a população.
As autoridades econômicas do atual governo afirmam que é preciso crescer economicamente para depois combater a desigualdade (é assim que justificam as reformas da Previdência e Trabalhista). O caminho é exatamente o inverso: quanto mais eficiente for o país no combate à desigualdade, mais riqueza será produzida simultaneamente. A desigualdade social não é um destino imutável. Ela pode ser superada a exemplo do que aconteceu em outros países e que começava a acontecer, também em nosso país desde 2003, não fosse o golpe contra a democracia ocorrido em 2016.
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