“A diretriz que nos move é o trabalho”, afirma Barba

A afirmação foi feita ontem pelo diretor Administrativo, Teonílio Monteiro da Costa, o Barba. O dirigente também esteve com os companheiros na Karmann Ghia, em São Bernardo, falando sobre eleições sindicais.

A Tribuna retoma esta semana a série de matérias sobre as diretrizes definidas pelo Sindicato e que irão nortear as ações da entidade.

São elas, Trabalho, Educação, Comunicação e Cidadania. O diretor Administrativo, Teonílio Monteiro da Costa, o Barba, explica como o Trabalho está inserido no projeto dos Metalúrgicos do ABC.

Tribuna Metalúrgica– O que o Trabalho representa no projeto do Sindicato?

Barba – O Trabalho é o coração do Sindicato, o motor. É o eixo fundamental para as nossas ações. É o que nos move. A partir do Trabalho nos organizamos, reivindicamos e caminhamos na busca de melhorar a vida do trabalhador e construir uma sociedade mais justa e igualitária.

TM – Como acontece essa transformação social?

Barba – Primeiramente, pelo emprego, por meio da luta pela manutenção e ampliação dos postos de trabalho. O Sindicato, já há algum tempo, vem tendo um papel decisivo na construção de uma política industrial para o setor metalúrgico, desde a implantação do novo Regime Automotivo, o Inovar-Auto, até o desenvolvimento de projetos para as autopeças, máquinas, ferramentaria, defesa, entre outros, que tragam investimentos para o ABC.

TM – E como isso chega ao trabalhador?

Barba – A melhora na vida do trabalhador passa pela distribuição da riqueza fruto do seu trabalho, com aumento real de salário que conquistamos na última década; com a evolução na Participação dos Lucros e Resultados, a PLR; a redução do imposto de renda sobre a remuneração; a luta pela redução da jornada de trabalho porque sabemos que ainda há muitas empresas na base com mais de 40 horas semanais. Por tudo isso, essas questões continuam na pauta da categoria. Além disso, temos que estar atentos às tentativas de precarização do trabalho, com projetos de lei formulados pelos patrões, como o PL 4.330, que combatemos incansavelmente. A precarização, além de ser um retrocesso nas garantias de direitos dos trabalhadores, ainda coloca em risco a saúde e a segurança do trabalhador.

TM – Como impedir essas investidas nefastas contra os trabalhadores?

Barba – A melhor forma de impedir a perda dos direitos e ampliar as conquistas da categoria é apostar na organização no local de trabalho, com participação democrática no chão de fábrica e capacitação dos representantes. O CSE que se dedicar à formação e souber socializar a informação será cada vez mais entendido e compreendido pelos trabalhadores no chão de fábrica.

TM – Onde mais o Sindicato pode atuar em busca de uma sociedade plena de direitos e cidadania?

Barba – O Sindicato vem contribuindo com o fortalecimento dos empreendimentos de economia solidária na região do ABC, com apoio a mais de700 empreendimentos ligados à Unisol Brasil, que assessora as iniciativas no País e em parcerias na Itália, Espanha, Alemanha, África do Sul, Canadá, entre outros.

Da Redação